Ex-maníaco em nome de Jesus

Esse é o relato do Lúis "Maníaco" Bernardo, que recebi por email.

"Olá, pastor Aricleine Natal. Meu nome é Luís Bernardo, tenho 25 anos. Não sei se o senhor lembra de mim, mas fui convertido e batizado por suas mãos abençoadas há 3 anos. Vou dar meu testemunho, em nome de Jesus. Sou ex-presidiário, ex-paciente de instituto mental, ex-serial quiler, ex-estrupador em série e ex-corintiano.

Tive uma infância muito ruim, cresci vendo Cavaleiros do Zodíaco, Iuiu Rakusho, Seilor Moon e Shurato na Rede Manchete. Tive muitos video gueimes, começando pelo Atari e passando por Dainavision, Mega Drive, Supernintendo, Pleystation. Essas influências negativas na minha vida abriram as portas da minha alma pra vários encostos entrarem. Assim, fui um adolescente mimado, nunca quis estudar. Virei pagodeiro, gostava de Netinho, Exaltassamba, Fundo de Quintal. Aos 18 anos, ainda estava na 7a série. Só ia pra escola pra comer a merenda, gostava muito do arroz com leite da Tia Inês.

Certa vez estava matando aula e resolvi espiar o banheiro feminino, como sempre fazia. Havia 4 garotas bonitas lá. Comecei a ouvir vozes estranhas dizendo: "Mata e estrupa elas." Então, fui tomado pelo impulso. Puxei minha peixeira e matei e estrupei todas pra calar aquelas vozes. Fugi daquela cidade na hora, virei andarilho. Nunca consegui parar, deixei meu rastro de sangue por toda a região metropolitana de São Paulo. Matei e estrupei 2 em Diadema, 3 em Barueri e 1 em Guararema. Quando ouvia as vozes era obrigado a matar e estrupar. Fiquei conhecido como o Maníaco da Peixeira.

Me juntei à torcida Gaviões da Fiel da cidade de Guarulhos, era fanático pelo Corintians. Me sentia no meio de irmãos de verdade.

Fumávamos baseado, brigávamos com outras torcidas, fazíamos assalto à mão armada juntos. Mas em uma excursão os canas fizeram batida e acharam na minha mochila as identidades das vítimas e a minha peixeira.

Fui preso, mas minha defesa alegou insanidade, eu era esquizofrênico. Assim, fui mandado para um instituto psiquiátrico.
Tomei antipsicóticos, Haldol, Olanzapina. Lá, fiz amizade com um homem chamado Mebude e aprendi com ele sobre os HUMANÓIDES (seres malignos criados por satanás que vivem infiltrados entre nós) e sobre as coisas de Deus. Desse modo, estava preparado para nosso encontro.
Quando você foi visitar o dono do lugar para cobrar o dízimo dos pacientes, pastor, logo gritei: "Esse é adâmico!" Pude ver o júbilo em sua face. O senhor viu em mim minha natureza adâmica, mais um guerreiro cristão para lutar contra as hostes luciféricas na Terra e não mediu esforços para me tirar daquele lugar (foram 3 semanas horríveis). Batizado na Piscina Sagrada,
fui curado de minhas maleitas.

Hoje sou um promissor obreiro da Igreja do Primeiro Impacto.

Glória a Deus"