quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Enganado pela namorada





Pastor, meu nome é Arlicleissom Mello, tenho 19 anos e tenho que contar meu testemunho de fé e superação. Sou do Rio de Janeiro - RJ. Tive diversos problemas por causa de um vicio terrível e tenebroso, o vicio dos animes e mangas, armas demoníacas nipônicas feitas para seduzir jovens burros e inocentes com violência, sexo, jogo e muitas outras coisas condenadas por Cristo e seus apóstolos.



Cresci em uma família de classe média na Zona Norte do rio (Méier) e tive uma ótima infância, mas infelizmente cresci em uma família católica, meu pai era um viciado em jogatina e minha mãe era a trepadeira da vizinhança. Depois que eu nasci ela passou a dar pra todo o quarteirão eu descobri com 10 anos, meu pai até hoje não sabe.



Pois bem, mesmo sendo católico e filho de um casal de pecadores falsos cristãos, Jesus iluminou muito a minha vida, tive muita sorte durante toda a minha vida, menos quando escolhi meus amigos. Acabei entrando no grupinho dos Otakus no colégio.



Otakus são jovens perturbados que gostam de infectar todos com sua cultura inútil, uma boa parte deles vive falando mal das musicas emos brasileiras e americanas, mas quando falam que tal musica japonesa é emo mesmo com a tradução na cara deles, eles não aceitam e se invocam. Muitas vezes chegam até a agredir com armas brancas, como afiadíssimos cutelos da Tramontina ou facas Ginsu de aço inoxidável.



Otacu emaconhado exibindo suas facas



Todos os meus amigos eram assim, emos recalcados iludidos pela cultura japonesa. Onanistas e sodomitas que adoravam assistir animem estranhos onde surgiam garotos estranhos com espadas japonesas dentro da escola e adoravam brigas e vivam matando todo e a policia nunca corria atrás deles, todos adoravam essa porcaria, inclusive eu. Mas restava um resquício de cristianismo em mim, já que eu era o único do grupo que não bebia e não ingeria drogas, mesmo com a família que eu tinha... Até certo dia.



Eu nunca tinha ido a um destes “Eventos de anime” antes, meus amigos me chamaram para ir em um, disseram que lá eu arrumaria facilmente uma namorada, já que eu era cabaço e nunca havia namorado antes, aceitei e fui numa boa até o evento de anime que já tinha nome duvidoso, era chamado de “Anime Femile” e até onde eu sei, Femile em inglês é feminino, mas não liguei, se meus amigos estavam indo eu ia também.





Eu estava ansioso, nunca havia ido num evento, nem dormi aquela noite. Fiquei imaginando como seria, se La dentro tinha coisas legais como nos animes mostravam, pessoas lutando até a morte com espadas, pessoas vestidas como os animes, orgias, musica japonesa tocando, bem, era quase isso. Chegando ao evento, eles já queriam me envolver no triste mundinho de drogas deles, um amigo meu veio com um tal de “Mupy” que é uma espécie de droga alucinógena de uma empresa brasileira que comprou uma empresa japonesa.



Me compraram um de sabor maracujá, mas já de inicio os efeitos da droga começaram, comecei a ficar zonzo, nem sentia o gosto, comecei a me sentir cansado, fiquei suado e ofegante, até que teve uma hora que eu apaguei. Acordei apenas 3 horas depois com meu amigo Olavo me acordando aos tapas na cara.



Quando acordei ele estava acompanhado de uma menina muito linda vestida de Lolita gótica, que é uma espécie de mãe-de-santo para os otakus, todos querem come-las mas ninguém nem tenta, mal sabem que todas elas estão possuídas pelo espírito da pomba-gira cigana que causa promiscuidade às garotas jovens. Olavo então me apresentou a tal menina:



Olavo: --“Seguinte, Kisune, esse aqui é o Arlicleissom, mas pode chamar ele de Arli. Arlicleisson, essa daqui é a Gabriela, mas pode chama-la de Kitsune, é o nome de seita dela” (Ele tinha dito nome otaku, mas pode ser interpretado assim também.)



Então eu conheci Kitsune, foi meu primeiro grande amor. Começamos a nos corresponder por MSN e Orkut, outras duas armas do demônio. Eu chegava do colégio todo feliz e ligava meu notebook ITAUTEC InfoWay Note N8330 na internet ADSL de 256Kbps Velox para falar com minha amada, conversávamos o dia inteiro até que Kisune veio falar algo muito importante comigo no MSN:



=|\_-K!$UN&_/|= A vida é foda... Diz:

Arli...

Arlicleissom Mello – EBA, SAIU NARUTO! Diz:

Q foi, Kiki-chan?

=|\_-K!$UN&_/|= A vida é foda... Diz:

Eu S2 vc mto, c Sab?

Arlicleissom Mello – EBA, SAIU NARUTO! Diz:

Ta d brinks Neah?

=|\_-K!$UN&_/|= A vida é foda... Diz:

Naum!



Então minha vida começou a ser um sonho, decidi então namorar Kisune, que para minha surpresa vivia aqui pertinho, no Méier mesmo, passamos a nos encontrar começamos a namorar com 2 meses se encontrando.

O tempo foi passando, namorei Kisune por 2 anos e ficávamos só nos beijos, ela não deixava eu colocar a mão nas partes dela, o que me frustrava muito. Até que um dia dos namorados Kisune veio até mim e disse:



-Arli, vamos fazer sexo!



Eu fiquei muito feliz, juntei minhas economias pra viajar pro Japão e decidi então que ia pagar um hotel 5 estrelas para eu e minha amada fazermos sexo pela primeira vez. Arrumei-me todo, vesti minha camisa da O’born, minha cala da Taco System, meu tênis Nike 12 molas vermelho, minha bermuda da Pool, meu boné da Von Dutch e fui ao encontro de minha amada.



Fui de ônibus até sua casa e depois peguei um taxi até o Hotel Formule 1, paguei o taxista e entramos no hotel. Chegando no quarto, decidimos que tomaríamos um banho antes para dar sorte, aproveitei e lembrei que não tinha passado desodorante, peguei meu perfume KaiaK e passei no corpo todo. Rezei umas 30 vezes e fui para o quarto.



Lá estava ela, de camisola só para mim, ela estava com um sorriso estampado em seu rosto e estava me chamando, meu corpo estava em chamas, mas eram as chamas do inferno e não as sagradas chamas do reteté que tomam conta na hora da procriação. Coloquei uma camisinha Prudence Extra-duração e fui nu na direção de Kisune.



Ela levantou a camisola e foi então que eu vi algo errado. Kisune tinha um pênis! UM PÊNIS! Eu tomei um susto tão grande que dei pra trás e quase caí de bunda no chão, trêmulo, suando e gaguejando eu comecei a repetir:



-Quequêq-quê isso aí?



Kisune respondeu:



-Amor, eu sei que você me ama de verdade e vai me aceitar como eu sou não é? Arli, eu te amo, vamos ser felizes juntos.



Naquela hora, o espírito de Cristo falou mais alto, e não o espírito de otaku, que teria falado no caso de algum sodomita. Sai correndo chorando, abri a porta e corri por todo o bairro nu, até conseguir carona com um homem bondoso, um negro alto de olhos castanho-claro que vestia um terno Armani azul marinho com riscas brancas e que estendeu sua mão e me emprestou roupas para que eu pudesse chegar em casa. Era pastor Genovevo que estava voltando para casa do trabalho na Igreja Internacional de Copacabana. No carro contei minha história para o ungido pastor e ele na mesma hora se assustou, quase batemos em um caminhão das casas Bahia.



Então o pastor me disse que aquilo era encosto, me encheu de palavras belas e sublimes. Nem passamos na minha casa, ele me levou direto para a Igreja Internacional, onde com o dinheiro que eu usaria para pagar o hotel para pagar a piscina sagrada.



Hoje sou convertido e tenho cristo no coração, sou atualmente um vinzimista fiel e estou no sorteio de casais da igreja. Converti também meu pai e minha mãe. Já que minha mãe estava desempregada, o pastor fez a gentileza de arrumar para ela um emprego em uma casa de massagens tailandesa do pastor Silas Adoniran e meu pai agora é Pastor e vivemos muito bem em nova Iguaçu, sou vizinho do pastor Udinésio.



Ô glória!

sábado, 26 de dezembro de 2009

O Garanhão

Pastor, meu nome é Vinicius Soares Santos e tenho 20 anos, sou vinzimista do reteté e sou estudante de direito, moro em Fortaleza - Ceará, o ocorrido em meu testemunho foi recentemente, eu só estou aqui provando da minha fé.



Eu sempre fui o terror da congregação, levava todas as menininhas da congregação e filhas de pastores para comer no outebeque e gastava mais de 300 R$ só levando elas para sair, eu com certeza poderia ter perdido minha virgindade nesta brincadeira, mas em respeito as famílias nunca
o fiz, me manti puro para meu casamento.

Vinicius e seu sorriso conquistador





O que acontece é que esses dias eu resolvi fazer muito mais, resolvi sair com uma garota de outro lugar que não a congregação. Fui a uma festa Reive próxima a minha humilde residência e lá comecei a dar em cima de uma bela garota que lá estava. Levei-a ao outebeque e resolvi que sairia com ela.



Conversando com ela (Mesmo sabendo que pela bíblia não deveria fazer isso) fiquei sabendo que ela era católica! No mesmo momento inventei de que minha mãe tinha ligado pra eu ir pra casa jantar. Deixei ela lá e fui embora, com católico eu não mecho, vai que eles mandam os caras do Ku klux klan pra arrancar meus testículos e venderem no mercado negro?



Depois dessa eu nunca mais saí com nenhuma garota, me inscrevi no sorteio de casais e hoje estou casado e minha mulher está esperando um filho. Sai do curso de direito e hoje sou um respeitado pastor de Fortaleza, estava ministrando cultos na Igreja Universal do Reino de Deus e agora trabalho para a gloriosa Igreja Internacional!



Poxa, imagina só, sair com uma garota católica? Que terrível! Só podia ter sido um sinal mesmo. Pois bem, venci em Cristo!

Os Karaokês e a umbanda

[Carta traduzida]

Olá pastor Udinésio. Lembra quando você ministrava cultos aqui em Seattle e tudo mais? Pois é, quem está lhe escrevendo sou eu, sua primeira aprendiz, Veronika. Vou bem pastor, lembro que quando minha mãe lhe contou a minha história o senhor chorou de emoção e felicidade. Eu fiquei muito feliz por isso e resolvi escrever este relato para o senhor agora que consegui me realizar.

Quando eu tinha 12 anos, minha mãe e eu nos mudamos para Seattle e passamos a ir aos cultos da Igreja onde o senhor ministrava os cultos, se não me engano no primeiro ano o nome era "Assembléia de Seattle" e mais tarde se transformou em "Internacional Igreja". Bom, na época eu era muito jovem e tinha uma cabeça muito inocente sobre o mundo.

Minha mãe disse que eu tinha um defeito terrível que era o de repetir tudo o que eu ouvia exatamente como eu ouvia, apanhei diversas vezes por desmenti-la na frente de guardas de trânsito que fizeram com que ela pagasse multas até perder a habilitação e ter que tirar outra. Me senti muito mal por isso naquela época.


Resolvi então juntar 1 ano inteiro de mesada para pagar o batismo na piscina sagrada. Ao ver que uma criança juntou dinheiro sozinha para se batizar na gloriosa piscina, o senhor na mesma hora foi até mim e ofereceu ajuda, disse que ia me dar um futuro como uma respeitada obreira da Igreja Internacional. Eu, com os olhos brilhando como as chamas do reteté, aceitei.

passei então a ouvir canções evangélicas brasileiras, que pareciam-se muito com as canções que tocavam no rádio Philips , mas com letras diferentes e outra pessoa cantando. Bem, se eram da igreja não podiam ser as mesmas que tocavam no rádio, certo? Naquela época só tocavam canções ímpias nos rádios, até hoje só a rádio de nossa igreja salva.

Cânticos do Reteté Vol.63 - Compre ja o seu


Pois eu acabei me apaixonando pela musica e todos os dias eu cantava junto com os belos cantores de nossa musica do reteté, minha mãe achava horrível porque eu não sabia cantar e desafinava muito. Ela decidiu então pagar uma aula de canto pra mim. Foi um dia muito feliz.

O tempo foi passando e eu acabei me envolvendo com algo tão terrível e tenebroso que eu achei que fosse apenas mais um aparato tecnológico do espírito santo, os DVD-OKÊS. Minha mãe encomendou um do Brasil, já que eu era apaixonada pela musica brasileira, eu acabei ganhando um aparelho de DVD-OKÊ Gradiente do Luciano Huck de aniversário de 14 anos.

Pouco tempo se passou e eu estava obcecada. Queria cantar todo tipo de musica naquela máquina maléfica. Desperdiçando minhas aulas ungidas de canto. Comprei DVD’s de karaokê pela internet de todos os países: China, índia, Marrocos, Suriname, Japão, Itália. Acabei aprendendo a língua de todos estes países, inclusive o português do Brasil. Mas só a fala, eu nunca aprendi a escrita.

Foi então que nessa minha obceção doentia pelas musicas internacionais para DVDOKÊ, eu acabei encomendando pela internet o pior possível: Um dvdokê de uma banda brasileira de Heavy Metal, acho que a mais respeitada em seu território: A banda Massacration. A partir dali foi o fundo do poço. Decidi então que deveria ir mais fundo: Entrei em um concurso de karaokê no bar do Chico Cañazalles, o imigrante mexicano.

Participei do concurso cantando a musica “Golimar” do artista indiano Chiru, que como eu, era um grande fã de Michael Jackson. Fui aplaudida de pé por todos no bar, ganhei o concurso e levei o troféu para casa, minha mãe ficou horrorizada quando descobriu que musica eu tinha cantado (ao ver o clipe no site semi-pornográfico, o youtube).

Fiquei de castigo por 1 mês, mas nada ia me impedir de alcançar meu sonho: Viajar para Nova York e ganhar o concurso mundial de Karaokêzistas. Eu estava focada, mas não sabia que infelizmente não era em nome de Jesus e sim possuída por um daqueles... “umbanda espíritos” que o senhor tanto falou por aqui.

Três dias antes do concurso eu me vesti, arrumei minha mochila, peguei o premio em dinheiro do concurso de Karaokê e a minha inscrição para o concurso mundial. Seriam 2 semanas de concurso, eu teria que cantar 5 musicas sem errar na frente de milhões de pessoas e concorreria com pelo menos 2500 concorrentes.

Peguei um ônibus e parti para Nova York. Inscrevi-me no concurso e paguei a taxa de inscrição de 200 Dólares, primeiro achei um roubo, mas descobri que ganhava estadia grátis em um hotel meia-boca do outro lado da rua durante o concurso.

O grande dia chegou minha primeira apresentação. Fui para frente Do imenso palco, atrás de mim tinha um telão de 210’’ com as legendas da musica. Foi então que escolhi “LA BAMBA”. No primeiro dia, só rosas. Fui aplaudida novamente. Disseram que eu tinha uma “Voz de anjo”, acho que foi aí que Jesus tocou meu coração. O mais triste é que eu não tive tempo de comer nada. Mas a vontade de cantar era superior a minhas dores estomacais.

Na segunda apresentação, eu não sei o que aconteceu, desafinei muito, e eu havia escolhido uma musica ridícula de fácil para cantar, tinha pedido “Festa” da cantora brasileira Ivete Sangalo, mais uma que tinha ligação com a umbanda e com a maçonaria.

Mas mesmo assim eu não consegui cantar, minha garganta falhou e eu acabei desafinando muito, mas mesmo assim passei para a fase seguinte do concurso. Finalmente consegui comer, comi um cachorro quente nova-iorquino e bebi uma coca diet, estava “bem” de novo.
Hot Dog sagrado de Nova Iorque

Fui passando entre as fases até que chegou um momento de grande tensão: A Semi-final. Olhei para a platéia e vi meu mentor, pastor Udinésio, olhando para mim com cara de quem ia me por de castigo. Fiquei tão arrependida que Jesus tocou meu coração, escolhi então a musica que o senhor compôs para o CD Cânticos do reteté vol. 68, “O Pancadão da Unção”.

Fui vaiada por todos, naquele momento os espíritos de umbanda no meu corpo se irritaram e partiram para cima do apresentador que disse “É, com uma musica dessas não da pra saber se você sabe mesmo cantar”. Bati tanto nele que ele ficou paralítico e não pode mais andar. Fui enviada para um centro de reabilitação para jovens com distúrbios mentais, durante minha estadia por lá o senhor voltou para o Rio de Janeiro e eu fiquei aqui, rezando, pagando meu vinzimo e cantando! Sim, mas desta vez no coral da Igreja!

Hoje estou realizada! Pois Pastor Everaldo (substituto de Pastor Udinésio) interrompeu meu tratamento, me seqüestrou e me levou até a piscina sagrada! Lá eu enxerguei Cristo novamente. Hoje eu tenho 16 anos, sou casada, tenho dois filhos, também sou professora de canto na Igreja Internacional, dou palestras sobre o vicio do Karaokê, sou obreira e ano que vem vou fazer parte do lançamento do CD “Cânticos do reteté vol. 213 – American Reteté Songs”.


Glorious!

Pastor Udinésio Castro Pinto da Rocha Miranda

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Guaraná Jesus? NUNCA MAIS!

Pastor, meu nome é Luiz Carlos, tenho 23 anos e sou de São Paulo - SP. O ocorrido foi a 2 anos, eu trabalhava de carteiro e sempre andava muito. Todo dia era a mesma correria para entregar as cartas e eu tinha que fazer o percurso a pé, mais de 100 km de caminhada todo dia.



Eu saia de casa com uma garrafinha d’água para suportar a caminhada sem problemas maiores, mas ela sempre acabava antes de eu terminar o percurso e eu ficava com a boca seca na volta. O pior era sempre andar de bolso vazio, então decidi começar a levar dinheiro comigo e comprar algo na rua para refrescar, no caminho tinha um monte de bares e padarias, ia ser tranqüilo pra mim.



Então parei em uma lojinha de uma senhora paraibana de aparentemente uns 50 anos, e vi na geladeira duas escolhas: Ativ Plus, um guaraná com gosto de xarope contra tosse ou um tal de Guaraná Jesus – “O sonho cor de rosa” era uma latinha legal e todo mundo que passava por lá pegava uma, optei pelo Guaraná Jesus porque não suportava aquele gosto horrível de xarope do Ativ Plus e como era evangélico do reteté não me importei de pagar 5 R$ pela latinha.



Saí do estabelecimento e dei um gole no Guaraná Jesus, me senti no paraíso, a partir daquele dia eu ia todos os dias no estabelecimento da dona paraibana comprar o Guaraná Jesus. Quando eu me toquei, chegou no final do mês e meu dinheiro tinha ido todo pro ralo, tinha gasto tudo em guaraná Jesus, acabei tendo que vender a TV CCE 15” tela plana do meu quarto para poder pagar as contas do mês.

Guaraná Jesus- Uma arma do capeta

Mês após mês eu não conseguia parar de beber o tal Guaraná Jesus, era como uma dependência química, sempre sentia vontade de beber aquilo, fui vendendo tudo, Fogão de 5 bocas Continental, microondas, meu micro system Gradiente 330W, no final só sobrou a geladeira, meu sofá, minha cama e meu computador Positivo Pentium 3 900mhz, 128MB Ham e 20GB HD Windows 98.



Eu comecei a ter problemas de desnutrição, no trabalho eu chegava sem energia, fazia tudo pela metade, desmaiei umas 4 vezes durante a semana, comecei a faltar o serviço até que eu perdi o emprego, só me sobrou a geladeira cheia de guaraná Jesus em casa e o computador, eu tinha que me distrair, mas eu não tirava o guaraná Jesus da cabeça! Eu estava obcecado! Possuído por alguma entidade maligna!



Foi então que navegando pela internet eu vi em um site chamado Wikipédia sobre o Guaraná Jesus e fiquei surpreso quando descobri que o nome do guaraná não era por causa de Jesus Cristo e sim por

causa do nome do criador do guaraná que era um ex-católico Ateu excomungado! A pior coisa existente, um falso-crente que foi excluído de sua falsa comunidade religiosa e que se tornou Ateu!

Encapetado fazendo comercial do satânico guaraná.





Eu não parava de beber aquela bebida demoníaca, eu não conseguia mesmo parar de beber, o tempo foi passando e eu resolvi procurar ajuda de especialistas, foi quando eu vi um cartaz na Igreja Interna

cional: “Palestra sobre os perigos do Guaraná Jesus”. Não pensei duas vezes, inspirado pelo fogo do espírito s

anto eu entrei na igreja e lá permaneci até o final da palestra.





O Pastor disse palavras belas e sublimes, fez encenações, revelações, tudo bem explicado p

ara todos entenderem o mal que aquilo fazia em nossas vidas. Decidi então fazer um tratamento intenso na Igreja para parar de beber o Guaraná Jesus, foi necessário eu torrar todas as minhas economias para pagar o tratamento, mas valeu à pena.



Após me recuperar do tratamento, fui implorar meu emprego de volta nos correios, Jesus estava ao meu lado! O novo patrão era um dos obreiros que estavam tomando conta de mim no internato para recuperação do vicio do guaraná Jesus. O tempo foi passando e a pesar de precisar re-mobiliar minha casa eu nunca deixava de pagar o vínzimo, nenhum mês! Sempre acabava ganhando algo no sorteio, como uma TV Sharp 29’’ novinha, um sofá de fabricação artesanal, cama, etc.



Venci em Cristo! Consegui re-mobiliar minha casa, ganhei um Chevrolet Chevette 1980 a álcool, com toca-fitas Philco. Casei-me e nunca mais bebi o tenebroso Guaraná Jesus, que de Cristão não tem nada, Dalí em diante só bebi Leão de Judá Cola. Hoje vivo decentemente em uma vida cheia de vitórias, minha mulher inclusive está esperando um filho e vou batizá-lo com o nome de Jequião em homenagem ao pastor que me salvou deste Terrível vicio.



Um dia eu recebi a noticia de que voltaria a percorrer o mesmo percurso de antes de ser demitido, estava nervoso e com medo, quando passei por onde tinha a loja da senhora paraibana, surpresa! A loja faliu e no lugar abriu-se uma Sede da Igreja Internacional! Glória, glória, glória! 1000x glória a Deus!

A Paz.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ufólogo convertido

Pastores, me chamo Antoniel de Souza Silva mas sou mais conhecido por Tuninho. Gostaria de deixar meu testemunho de vida, dos caminhos que passei até encontrar a Igreja do Primeiro Impacto, Ministério do Azeite Quente( a Ungida!).

Minha vida , por muitas vezes , seguiu por trilhas obscuras. Até os 6 anos de idade, vivi com minha mãe , pai e 3 irmãos , em Itaberai, Estado de Goias. Éramos católicos e vivíamos de vender imagens de santos da umbanda. O ano era 1986 e me lembro que papai estava com uma disputa com uma Igreja protestante nova no local. Ele, de tanto ódio, parecia estar com o demônio no corpo: vivia nervoso e , como de costume a católicos , fumava muito e bebia até cair.Num domingo, após a missa, estavamos voltando do templo católico local . Chovia muito e papai no volante de seu caminhão -Mercedes-Bens 1113 toco, ano 1970, na cor azul-geladeira, que usávamos para entregar as imagens de São Jorge guerreiro e Oxalá - dava sinais que estava bêbado de tanta óstia com vinho e água benta ardente( ou pinga santa). A estrada estava bem escura e , de supetão, uma forte luz surgiu na frente do caminhão e fez papai perder o controle e bater. Acordei só no hostipal e fiquei sabendo que todos da minha família estavam mortos , menos eu.


Fui morar com meu tio Edivalter e minha Tia Valdete no Rio de Janeiro. Eles não tinham filhos pois minha tia , leitora de Zíbia Gasparetto, era frígida. Lá formei laços fraternos com titio Edivalter que era Flamenguista roxo e  com o tempo acabei tomando gosto pela nação Rubro-negra. Ia a todos os jogos com meu tio. Ele era fã de um jogador, um habilidoso ponta esquerda da década de 70, de nome Julio Cesar , apelido Uri Geller .Com 17 anos eu já fazia parte da jovem já tinha 'quebrado' vários bacalhau , além de fazer ganhos para as bandeironas, parar a ponte Rio-Niteroi e jogar bomba caseira na viatura dos puliça.  Tentei montar um fã clube para o Uri Geller mas nenhum dos jovens Framenguistas que eu conhecia sabia quem era aquele grande jogador.

Um dia encontrei um panfleto de uma palestra do grande Uri Geller, com vários uorquexopis estelares( na época eu nem sabia o que era isso) e episódios intergaláticos, Não perdi tempo, anotei o endereço que estava no panfleto e avisei a meu tio, que preferiu não ir. Fui sozinho mermo

Me preparei com minha camisa 10 do Zico( genérica quase-perfeita da Uruguaina) e parti de busão: o 383 passava perto. O endereço ficava no centro, era um antigo teatro usado como centro de convenções. De tão empolgado nem notei que não havia mais ninguém com a camisa do mengão por ali, só um monte de nerd com fantasias toscas de et's e camisas de Istar tréque. Já na sala da palestra em vídeo, vi aparecer  na tela um gringo muito do feio falando em inglês. Achei estranho e perguntei pra pessoa do meu lado (uma gatinha ruivinha) :

-Cadê o Uri Geller?

-Ali - respondeu a garota, apontando para o gringo na tela ao fundo.

Não era o Uri Geller do Mengão

Ela me explicou que o tal gringo era um paranormal conhecidíssimo e que gravou uma entrevista para os entusiastas de uma tal de 'Ufologia'. Trocamos o número de telefone e marcamos de ficarmos em vigília para encontrar ovni's ,mesmo eu não sabendo o que era isso, só queria conseguir um encontro com a ruivinha.

O nome dela era Isabela, ela me apresentou a seus amigos e me ensinou sobre os ET's. Foi a minha perdição.

O nosso grupo de vigília tinha 6 pessoas, nos encontrávamos 4 vezes por semana, mais ou menos, ficando em locais como a Floresta da Tijuca, casas abandonadas, terrenos baldios, isso para poder ficar só , fumando um beck com orégano e alface hidropônico, olhando para o céu procurando luzes de avião e falando que era 'nave de outro mundo'. Eles viviam só de falar sobre a 'vinda de uma civilização mais avançada' ,que nos salvaria do Demiurgo malvado, de passar trotes para a polícia e orgãos ligados a forças armadas. Líam sobre operação Prato , Et de varginha, Xico Xavier, Alan Kardec, Ramatis; Todos ali eram kardecistas e diziam que os serezinhos verdes de marte viriam nos salvar! Ninguém trabalhava , todos viviam de mesada do papai ou de vender artesanatos em feiras ripongas , camisas "Ufo" ou "I want to Believe" em convenções, cartas de Magique para nerds e etc.

Com uns 6 meses de 'ufólogo amador', fui convidado pela Isabela para um retiro espiritual no meio do mato. Na minha lingua isso significa acampar e não fazer nada além de sexo selvagem. Topei na hora. O 'retiro espiritual' era mesmo um retiro numa fazenda , no meio do Mato Grosso do Sul, de um tal de Urandir de Oliveira. Durante 3 dias só vi mais nerds e ripongas, nenhum Et (de verdade) sequer.  Todos no acampamento se drogavam com chá de cogumelos de Sol e ácido lisergico. Urandir fazia truques de mágica e inventava estórias de civilizações extraterrestres para ludibriar os bobos a darem dinheiro. O safado chegava a vender terreno em Marte, capacete anti-poder da mente( feito com papel alumínio) e coisas do tipo.

 No quinto dia, Urandir nos disse que enfim íamos ver um ET. Naquela noite saímos em bando pelo mato adentro. Na pressa acabei me perdendo do grupo. No meio do bosque, vi de longe uma fogueira e fui até ela. Aproveitei para descansar um pouco em frente ao fogo.


Notei um movimento estranho em um arbusto ali perto, fui ver o que era. Para meu espanto vi  um ser cinza, da altura de um anão, de olhos arregalados, como nas descrições dos Greys. Ele estava de cócoras e fazia sons estranhos, como se fizesse força. Me aproximei sem ele ver e senti um cheiro horroroso, como de bosta. Mas vacilei ( pisei num galho); ele me viu e apontou seu cabeção na minha direção. Com minha habilidades de torcedor de organizada passei-lhe uma rasteira, fazendo o bicho cair. Vai que ele usa seu poder para estourar meus miolos( como eu ja tinha lido na Dragão Brasil)?! O ET rolou para o lado mas se levantou rápido e correu em direção a fogueira. Eu peguei  uma pedra e atirei; acertei bem em cheio no cabeção! A criatura caiu no fogo e começou a derreter, fedendo a plástico queimado.

O alien, pegando fogo, começou a rolar no chão e a gritar muito. Devia estar pedindo apoio de seus aliados. Sai logo dali e fui atrás de Urandir para contar meu relato.

Estava tão afobado que cheguei arrombando a porta do escritório do Urandir( que vivia trancada). O que vi gelou minha espinha, mais até que o contato imediato com o ET: na sala rolava uma suruba com várias pessoas do projeto (fantasiados de Princesa Amidala, Dart Veider, Fofão, Spock e etc.). Isabela também estava lá; de quatro, era duplamente penetrada por dois anões.

Meretriz! Em 6 meses de investidas minhas eu não consegui nada e você dá pra esse cara! Sai com muito ódio daquele lugar; prometi retornar para me vingar.

Na estrada passei por uma multidão em volta de uma ambulância que acudia um anão, o qual estava todo queimado e sujo de fezes. Logo após, fui interceptado por uma Saveiro Summer ano 1997 na cor branca com detalhes em azul . Dentro estava Pastor Eli que me ofereceu carona alertando sobre os perigos daquela região cheia de satanistas denominados 'ufólogos' que evocam humanóides( seres de outro mundo). Contei-lhe minha história e ele prometeu me ajudar. Dois dias depois, aquele antro de satanás havia sido destruido pelo fogo consumidor da justiça divina, devido a fé do pastor Eli e a minha determinação evangélica. Isabela ficou deformada pelo incêndio. Urandir escapou com ajuda dos alienígenas .

Me tornei fiel vinzimista , agora estou casado com uma bela varoa cristã , feliz e com 11 filhos.

A paz do Senhor de Israel!

O Garoto do espaço

Pastor, me chamo Luciano Jaquelino Praga e tenho 13 anos, sou do Rio de Janeiro.
Tudo começou quando eu liguei minha TV CCE 20’’ tela plana no canal 22 para ver o CartoonNetwork, quando eu vi, um desenho muito colorido com uma história muito sem noção: Um garoto de 10 anos que saiu de férias com seu avô, foi até a floresta e abriu uma bola, dela saiu um relógio que não marca as horas e grudou no pulso dele, dai ele podia se transformar em 10 alienígenas diferentes que por algum motivo tinham poderes especiais.
Na minha mente juvenil, aquilo era o máximo, passei a assistir todos os dias o Ben 10, todos os dias eu saia da Escola Adoniran de ensino religioso e ia correndo para casa assistir o desenho, chegava correndo e ligava a televisão. Cada episódio era uma coisa diferente, eu achava o desenho cada vez melhor.

Mas aquilo não estava me fazendo bem, eu estava ficando obcecado, queria tudo do Ben10, boné, camisa, réplica do omnitrix, chinelo, card game, jogo de boliche, maior parte destes produtos eram fabricados pela DTC, uma marca satânica que tem apoio do tal canal que exibia o Ben10.

Logo então meu mundo começou a desabar, eu queria ser o ben10, queria muito poder me transformar nos et’s dele, imagina se eu me transformasse no fantasmático e fosse espiar a minha vizinha no banheiro? Ou virar o chama e colocar fogo no carro daquele velho chato que não devolveu minha bola dente-de-leite da Xalingão que mora no final da rua? Ia ser o máximo!

Daí veio a esperança. No CartoonNetwork anunciaram “BEN 10 AO VIVO NO BRASIL EM: A BATALHA PELO OMNITRIX! INGRESSOS JÁ A VENDA!” Então eu comecei a tramar meus planos para roubar o relógio. Pedi para meu pai me levar a apresentação, ele disse que não ia porque aquilo não ia acrescentar em nada no meu currículo, me senti um nada. Então foi naquele momento que eu deveria ter percebido que estava possesso, peguei a carteira do meu pai e peguei o dinheiro para o ingresso, eu ia sozinho, era uma coisa que eu tinha que fazer.

No caminho para a tal apresentação, Pastor Genovevo me viu indo para o show e gritou “GAROTO, NÃO ENTRE AÍ!”. Então, eu espantado olhei e perguntei “O que foi pastor?”. Ele me respondeu: “Aí é a casa do demônio!”. Então o pastor me explicou que o Omnitrix era um nome demoníaco, uma espécie de junção de diversas palavras como “Homem Nos Três Exus” ou algo assim. E que o tal do Ben 10 era um pai de santo que baixava diversos espíritos de umbanda.

Eu não queria ouvi-lo e disse “Nada vai ficar no meu caminho para pegar o Omnitrix!” Então o Pastor me aplicou um golpe de Muai-Thay e eu apaguei, quando acordei estava na sede da Igreja Internacional, olhei para a janela e meus pais estavam conversando com o Pastor, estavam chorando, naquele momento Cristo tocou meu coração. Peguei o dinheiro que peguei do meu pai e dei para o Pastor. Meus pais sentiram orgulho de mim.

Nunca mais eu quis saber de tal arma demoníaca, parei completamente com os desenhos animados americanos. Recentemente tenho visto apenas desenhos Cristãos da loja de DVD’s da Igreja Internacional e semana que vem vou me inscrever no sorteio de casais da Igreja. Ô Glória!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Possuído pelo PsyTrance

Pastor, meu nome é Clemervando Souza Brito e tenho 22 anos e sou de Curitiba – Paraná. Sofri a vida toda (espiritualmente), pois era ateu, e freqüentador assíduo de festas ritualísticas de umbanda, as festas Reive.



Tudo começou a 2 anos atrás, eu tinha acabado de me formar no ensino médio e cansado da vida de cagão que não pega ninguém, aproveitei minha nova vida na faculdade pra começar a freqüentar baladas e tentar dar uns pegas nas garotinhas a noite.



Comecei a fazer amigos e conhecer pessoas novas, passei também a pegar muitas garotas à noite, tinham festas que eu pegava 30, outras eu pegava 40, era sempre muito fácil. As garotinhas sempre caiam no meu papo, eu sempre ia muito caracterizado e chamativo: Camisa puma, calça Taco System, Boné da Von Dutch e Tênis Nike 12 molas. As cocotinhas caiam aos meus pés.





Um dia eu e meu pai tínhamos acabado de voltar do Paraguay com uma televisão CCE 32’’ LCD novinha quando meu amigo Lucio Fernando veio me mostrar uma musica de Psy-Trance (até aí eu ainda não tinha começado a freqüentar as tais festas satânicas). Fiquei hipnotizado, um ritmo contagiante, agitado, batida cabalística cheia de efeitos eletrônicos por sintetizadores da marca Roland. Acabei sendo seduzido por este ritmo capetídico e perdendo completamente a noção.

No mesmo dia partimos para uma festa reive. Era em um lugar sujo e no meio do nada (provavelmente para a policia não pegar). Era em uma fábrica abandonada nos confins de Curitiba. Deu meia-noite e a balada começou. Tudo indo, putaria rolando solta, só naquele instante eu fiquei com umas 10.



Aproximadamente às 2 da madrugada, veio um estranho me oferecendo bala. Aceitei e continuei dançando, ele me falou mais alguma coisa, mas eu nem prestei atenção. De repente a musica começou a entrar na minha cabeça, comecei a ver tudo girando, as luminárias estavam dançando, o céu estava laranja e as pessoas estavam mudando de cor, viaje pura.



Provavelmente eu fiquei possuído por que aquela musica dos infernos entrou na minha cabeça, acordei sem roupa no meio da rua, com um gosto estranho na boca e com marcas de chupões em toda a região torácica.

Minha mãe me levou as pressas para o hospital, disseram que eu tinha ingerido LSD, mas eu não fumo, então é impossível eu ter usado drogas, talvez depois que o encosto entrou em mim eu tenha fumado, já que não me lembro de metade da noite. Depois fiz diversos exames de sangue, fui diagnosticado com Hepatite B.



Um tempo se passou e meu primo Josué me visitou, disse que passou pela mesma coisa e que na época de freqüentador de reives ele chegou até a pegar AIDS, mas Jesus o salvou com a unção da Piscina Sagrada da Igreja Internacional. No dia seguinte fui com ele no culto das 16 h, me senti em casa, o pastor só dizia palavras belas e sublimes, naquela mesma tarde eu me converti em Cristo.



Hoje em dia sou um verdadeiro cristão, evangélico do reteté da sede mais ungida de todas as Igrejas Internacionais. Só estou mandando meu testemunho porque algo errado ocorreu recentemente, fiz um exame de sangue no exército e fui diagnosticado com AIDS. Como isso é possível se sou virgem? Será que é castigo por eu ter atrasado o vínzimo deste mês?Bom, Jesus vai me curar porque eu já acertei tudo.



A Paz

domingo, 13 de dezembro de 2009

Conselhos dados de Pastor Udinésio [3]

Olá, pastor. Meu nome é Edicleuza, tenho 22 anos, sou casada há 2 meses com meu marido Etelvino de 24 anos(ambos divorciados de outro casamento). O que acontece é que durante a lua de mel nós conversamos muito e decidimos que só faríamos sexo após a lua de mel para procriar, como nos ensinamentos na igreja. Mas semana passada ele começou a agir estranho. Me agarrou por trás, colocou o órgão genital para fora e tentou tirar a minha roupa no meio da cozinha, eu peguei a concha do feijão Tramontina e dei uma porrada muito forte na cabeça dele, ele desmaiou e até sangrou um pouco.

Depois eu peguei e prendi ele no quarto, amarrei as mãos e os pés dele e pus uma mordaça nele, ele está preso no quarto a 2 semanas, quando ele acordou me disse palavras que eu não diria nem para a minha sogra e disse que depois que se soltasse ia me rasgar toda com uma das facas Ginzo dele. Só apareço lá pra alimentar ele e dar uma cervejadoniran de vez em quando pra ele ficar mais calmo.

Agora estou com medo de solta-lo pois acho que ele está com um encosto e acho que ele seria capaz de me estuprar, me matar e se casar com a vizinha católica. Pastor, o que eu faço?

Edicleuza Martins Dias




Edicleuza foi bom você ter mandado este email, pois agora estou sabendo das artimanhas novas de lúcifer, nunca houve de um casal tão ungido ficar tão decadente. Por causa de sexo. Pois bem, saiba que a culpa é inteiramente sua, Edicleuza, se tivesse satisfeito os desejos sexuais de seu marido como deveria, não teria se metido em um problema deste tamanho. Se ele está com suspeita de encosto, ligue para a II mais próxima e peça para mandarem a carruagem da unção para a sua casa, eles levarão você e seu marido em uma Kombi Volkswagen Standard 1.4 Flex ao som dos cânticos do reteté para o baptismo na Piscina Sagrada. Lembre-se que quem precisa mais do baptismo é Você que se revoltou contra seu marido e não ele que só estava necessitado.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ex-traveco supera Exú

Olá, meu nome é Moacir, tenho 27 anos, sou de Niterói, RJ, e esta é minha história de superação.



Quando eu tinha 10 anos, era a desgraça da família, todos evangélicos e eu era ateu. Conseqüentemente por ser ateu também era satanista, homossexual e tinha problemas mentais. Descobri isso quando fiz um exame de Q.I e o resultado foi 95, muito baixo. Ao completar 17 anos, eu estava terminando de cursar o 3º ano do segundo grau, decidi fugir de casa para seguir meus sonhos.



Fugi para Copacabana, onde comecei trabalhando de caixa em um mercadinho (Copacabana Central minimarket) durante o dia, à noite, eu me transformava em "Marileny, a supergirl". Com o tempo pude comprar uma casa própria (Morava de favor num sobrado do dono do mercadinho). E fiz diversas cirurgias plásticas para me parecer com a Mariah Carey.



Implante de prótese de silicone, Botox, remoção de costela, com o tempo fiquei muito parecido com a própria e conseguia clientes muito fácil. Chegava a não ir pro mercadinho trabalhar para trabalhar como boneca de programa. Mas infelizmente, o dono do mercadinho, seu Geraldino, me demitiu, pois alguns clientes sentiam nojo de mim.



Fiquei muito triste, mas felizmente o dinheiro do programa era mais que suficiente para me sustentar, um dia fiz um exame e descobri que tinha AIDS, algum tempo depois, descobri que tinha câncer de próstata, em um dos exames que eu costumava fazer na clínica do doutor Coutinho, todo mês.



Estava desesperado e deprimido, mas não podia deixar de trabalhar se não eu morreria de fome. Comecei a fazer diversos tratamentos, a tomar remédios pesados, mas não deixei de trabalhar, um dia meu cabelo começou a cair, tive que raspar, fiquei com muito ódio e pensei até em suicidio.



Um
dia estava eu passando de canal em canal em minha televisão CCE 29’’ Tela plana, quando vi o canal Discovery Chanel, falando de golpes que deram certo e nunca conseguiram prender os bandidos. Resolvi então que ia comprar uma arma e assaltar um banco.

Fui até a favela da Rocinha e procurei um traficante, perguntei onde poderia comprar uma arma. Ele me vendeu uma Colt slide .45ACP, peguei a arma e guardei dentro da cueca.

Fui para casa e pensei muito no que ia fazer aquele dia. Resolvi treinar tiro ao alvo em garrafas de cerveja Skoll que tinha lá em casa.



Coloquei as garrafas em fileira em cima de um muro e me posicionei a 3 metros de distancia. Mas algo muito errado aconteceu, quando fui tirar a pistola da minha cueca, acidentalmente disparei 3 tiros em meu pênis.



Cai sangrando no chão, a dor. Desmaiei e fiquei ali por algum tempo, acordei ainda sangrando e levantei com muita dificuldade, fui cambaleando até a garagem onde estanquei o ferimento com uma toalha úmida e com muita dificuldade, entrei em meu Chevrolet Celta 2007 Kit Gás Prata e dirigi até a clínica do dr. Coutinho.Fiquei internado por cerca de 2 semanas, fiz diversas operações e transfusão de sangue. Depois daquilo, me livrei da arma.



Mas infelizmente, havia perdido completamente toda a minha função reprodutiva e erétil, Estava careca, com câncer e aids, estava no fundo do poço, quando uma luz veio sobre mim. Em casa, estava assistindo a RedeTV! quando vi um comercial que dizia



“Você sofre? Sua vida está indo de mal a pior? Desempregado? Doente? Pare de sofrer! Isso é encosto! Venha a Igreja Internacional e participe de um glorioso batismo na piscina sagrada! Agora em até 10x sem juros! Ligue já”



Não pensei duas vezes, deus estava falando comigo, peguei todas as minhas economias e fui até a sede da Igreja Internacional, participei do batismo na piscina sagrada. Quando saí, eu já não parecia mais a Mariah Carey, as próteses se foram, todas as plásticas se desfizeram, hoje estou curado da aids, não tenho câncer, meus cabelos cresceram novamente, tenho longos cabelos castanho-claros, recuperei minha função reprodutiva e erétil, me casei com uma linda mulher que não tinha útero e hoje tenho 2 filhos, sem contar que sou um respeitado Obreiro na Igreja Internacional.



A paz.

9090 - O número da besta

Pastor, meu nome é Elesbão Vieira Pinto, sou de Goiás - GO e tenho 27 anos, quando eu era mais novo (Tinha uns 17) não tinha muito que fazer por aqui, ainda não tinha meu PC Positivo, nem internet e nem Gato Net na minha casa. Dai a minha diversão era uma sedução capetídica: trotes por telefone.



Eu passava horas por dia passando trotes para tudo quanto é lugar, RS, RJ, ES, RN, AM... Fazia a festa. Todo o mês a mesma coisa, cheguei inclusive a ligar para os Estados Unidos e xingar o cara no telefone de viadinho e desligar logo em seguida, eu me divertia muito com este tipo de coisa, mal sabia eu que era uma brincadeira demoníaca como a que satanás faz com suas vítimas antes de arrastá-las para o inferno.



O tempo foi se passando, eu passando trotes, rindo muito da cada das pobres pessoas para quem eu discava, chega o final do mês e a Telemar manda a conta do telefone: 2445 reais e 44 centavos. Minha mãe com um ar de desespero vira para mim e pergunta:



“Moleque, é você que ta ligando para todos esses lugares todos?”



Eu, com um ar sínico, eu perguntei:



“Que lugares, mãe?”



Ela então me responde:



“Roraima, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Acre, Colômbia, Amazonas, Programa do Ratinho, Disque Sexo, Estados Unidos, Ucrânia, Venezuela, Espanha, China, África do Sul, Etiópia, Holanda, Rússia, Mato Grosso do Sul, Itália, México, Peru, Austrália, Albânia e Ilhas Cayman”



Um minuto de silêncio na sala, minha mãe me encarando com uma cara de ódio que deixaria com medo até o Steven Seagal. Depois de um tempo eu comecei a chorar e acabei confessando tudo. Mamãe me bateu tanto que fiquei sem sentar por 2 semanas. Mas mesmo assim não parei com minha diversão, continuei com a satânica brincadeira.



Um dia eu conheci um número mágico, 9090, era uma tal de “Ligação a cobrar”, pouca gente atendia, mas algumas ainda sim atendiam o telefone. Fiquei maravilhado porque eu poderia continuar passando meus trotes sem o perigo de bater na conta do telefone, minha mãe não iria me espancar e eu poderia continuar com aquela brincadeira de católico, na época eu ainda não sabia que era pecado esse tipo de coisa, achei que minha mãe tinha me batido por causa da conta.



Passaram-se uns 3 meses, a conta vindo normal, minha mãe nem desconfiava que eu estava ligando denovo para todos aqueles lugares, passando trotes de satanás em pessoas inocentes, iludido pela magia das teclas e das pessoas sem reação no telefone. Daqueles pelo quais os sonhos eu destruí com o truque do “Você acaba de ganhar dez mil reais!”. Eu não parava, não era o suficiente para mim.



Liguei para diversos lugares do mundo, Bangladesh, Cazaquistão, Armênia, Turquia, Tunísia, Grécia, Trinidad e Tobago, Coréia do Sul, Argentina, Finlândia, Uzbequistão, Irã, Israel, Canadá, até mesmo para aqueles umbandistas zen-budistas do Japão. Passei trote para meio-mundo e cada vez eu queria mais, mais, mais...



Certo dia, peguei meu “livro de vítimas” (Páginas Amarelas), com um sentimento macabro, um olhar desesperador, como um maconheiro atrás de cocaína, folheei e escolhi a próxima vítima a receber minha ligação desagradável: Udinésio Castro Pinto da Rocha Miranda. Disquei os ditos números do telefone do sujeito e mandei uma piadinha clássica:



“Oi, tem alguém na linha?”



O homem com uma voz grossa e retumbante me respondeu:



“Sim.”



Então, ainda meio que com medo de terminar a piadinha, disse assim mesmo:



“Ah, então... Sai daí que o trem t-“



Antes de eu terminar, o homem desligou na minha cara, me senti humilhado, como se tivessem acabado de pisar centenas de vezes na minha cabeça. Desnorteado, deixei meu telefone Panasonic de lado e fui deitar. Umas duas horas depois eu recebi um telefonema, atendi ao telefone com as mãos trêmulas e meio que sem graça soltei um “Alô” meio fraco, parecia que eu tinha acabado de chorar muito, mas não tinha.



Era da Igreja Internacional, uma mulher com uma voz angelical me disse diversas palavras belas e sublimes, só podia mesmo ser um sinal! Então eu contei toda a minha história para a moça e ela me disse para não passar mais trotes ou Deus ia ficar triste comigo e o encosto da surdez ia me pegar, que se eu não me redimisse com Jesus, eu correria mais riscos. Logo depois ela me fez um orçamento e me deu o endereço da Igreja Internacional de Goiás.



Fui até lá, participei do Tapete do fogo Santo, do batismo na piscina sagrada pelas mãos do próprio Pastor Silas, 2 meses depois entrei no sorteio de casais e hoje sou casado, pai de 2 filhos que carregam meu nome e trabalho no telemarketing da Igreja Internacional, sou um verdadeiro vencedor em Cristo. Consegui largar as drogas do capiroto e hoje sou um vinzimista fiel da Igreja Internacional.



A Paz.

domingo, 22 de novembro de 2009

A Unção do Charlatão

Pastor, meu nome é Joseilson Ribeiro Neto, tenho 30 anos, sou de Niterói - RJ. Quando eu era mais novo era o charlatão da cidade, o esperto que tava sempre arrumando um golpe pra sair na frente de todo mundo. Eu era de família cigana e espírita, conseqüentemente católicos.

Minha mãe era mãe de santo e meu pai era um alcoólatra, minha irmã mais velha uma prostituta e só eu. Que tive uma grande chance na vida: Meu pai arrumou um emprego muito bom e minha irmã ficou de bancar meus estudos com o dinheiro que ela ganhava se prostituindo na faculdade de psicologia, acho que é isso que se faz nesses tais “estágios remunerados”.

Após me formar, arrumei um emprego de ajudante de vendedor de sapatos na Di Santine de perto da minha casa. Foi aí que comecei a aprender a ser enrolão e mentiroso. Comecei dizendo que não tinha o All Star baratinho que o cliente pediu, dizendo que valia a pena a compra daquele Nike 12 molas vermelho horroroso que custava o olho da cara, que eram só 180 R$ a mais, as vezes dava certo, mas eu sempre vendia um tênis mais caro.



Depois parti pra malandragem nas ruas, fazia aquele joguinho do copo que é o ápice da malandragem já inventada, vendia lâmpada mágica, imagem de santo, vendia bala Valda como Viagra, dava talco para viciados em Cocaína, coisas do gênero.

Mas um dia eu me meti com a pessoa errada... Fui fazer meus joguinhos demoníacos na frente de uma Igreja em Copacabana. Era um jogo infalível encontre a dama usando 4 ases e o velho elástico na manga. Não precisei esperar muito e saiu da Igreja um homem negro e alto, trajando um terno Armani Preto e levando consigo uma maleta de couro da Victor Hugo, eu olhei para ele e disse:





“Ei, senhor, você parece um homem esperto, gostaria de tentar a sorte?”

O senhor logo me responde:

“Jogos de azar são falcatruas do demônio, meu jovem. Saia dessa vida e converta-se!”

Fazendo-me de sínico, eu disse:

“Meu senhor, respeite minha profissão, faço um trabalho honesto e bondoso, proporciono diversão a pessoas inteligentes.”

O homem logo se aproximou e disse:

“Meu jovem. Vamos fazer o seguinte: Se seu trabalho for realmente honesto, eu lhe dou esses 3000, mas, além disso, você também tem que me ganhar, se eu descobrir alguma falcatrua você vai se converter.”

Balancei a cabeça em sentido de concorde, aceitando a proposta do homem.

Mostrei a ele a dama que estava presa a um elástico que fazia com que ela voltasse para minha manga e em cima da dama tinha um ás de ouro. Mostrei a dama e acionei o dispositivo, embolei as cartas e fiz o sinal para o homem escolher.

Ele achou o Ás de ouro que seria a dama e disse:

“Mas não é uma vergonha, isso? Onde está a dama, meu jovem?”

Acionei o dispositivo em sentido inverso e pus a dama em baixo de um Ás de espadas, mostrei para o pastor.

Naquele momento eu nunca pensei que aquilo fosse acontecer. Utilizando técnicas de artes marciais, talvez Muay tai, ele me agarrou pelo braço e me jogou por cima de seu ombro, aplicou em mim uma chave-de-braço e me imobilizou, rasgou meu casaco ADIDAS preto e exibiu o dispositivo para alguns fiéis que estavam ali presenciando a jogatina.



Naquela hora ele começou a gritar palavras belas e sublimes de fé e me levou para dentro da igreja. Mas como eu estava possesso, eu resistia para que não me arrastassem à piscina sagrada, tiveram que me acorrentar e me vestir uma camisa de força. O pastor me levantou com os dois braços e me arremessou no meio da piscina. Depois de 20 minutos eu consegui finalmente me libertar, saltei para fora da piscina um novo homem.

Hoje em dia sou Pastor da Igreja Internacional, tenho 3 filhos, todos homens,que estão aprendendo o oficio dês de cedo as manhas da profissão santa de pastor em uma Igreja Evangélica, a honestíssima e santíssima IURD.

A Paz.

sábado, 21 de novembro de 2009

Sobrevivente do Apocalipse zumbi



Pastor, meu nome é Beiripaulo e tenho 12 anos, sou do Rio de Janeiro, fiel do reteté e freqüentador assíduo do templo de Copacabana.

Pode parecer loucura o que vou dizer agora, mas quando eu estava saindo do meu curso de Montagem e manutenção de micro na Igreja Internacional e me preparando para ir para casa, eu vi algo que achei que só existisse em filmes: Uma invasão de zumbis. E o pior: Bem no dia de finados, dia 2 de novembro, muita coincidência.





Olhei para a horda que parecia não notar algumas pessoas e vi que eles estavam atacando os ciclistas e gritando palavras de adoração a satanás. Notei que eram Zumbis demoníacos, pois muitos deles aparentavam ser otacus e emos. Criei até uma teoria sobre a situação: Talvez algumas almas malignas tivessem fugido do inferno para comer a carne dos vivos e arrastar suas almas para o inferno em seu lugar.



Os demônios estavam a solta atacando pedestres e gritando coisas obscenas no dialeto demoníaco, eu presenciei aquela cena toda e só pude me esconder. Agarrei uma garrafa quebrada e fui me esgueirando pelos cantos. Até que uma hora um grupo de 5 zumbis me avistou e um deles disse algo que pareceu ser “Um forasteiro!”. Soltei meu grito de guerra e parti pra cima dos zumbis com a garrafa. Furei todos eles, um-a-um utilizando técnicas de jiu-jítsu. Após ter derrotado o mal, saí correndo dali.





Voltei em disparada para a Igreja e lá eu avisei o pastor do que estava acontecendo lá fora. O pastor Genovevo me chamou para um abrigo anti-bomba e me trancou lá com ele e a filha dele, Jundára, ficamos lá até a noite passada.





O Pastor estava filmando tudo para mostrar o sofrimento dos sobreviventes, disse também que pelo bem da humanidade e u e Jundára deveríamos perpetuar a espécie a partir daquele mesmo momento. Obedeci todas as ordens do pastor, pois queria mais era sobreviver aquela terrível situação, tivemos que comer milho e ervilha enlatada da Cica com Nissin Lámem, o verdadeiro miojo, durante todo esse tempo.

Nas noites quentes aqui do rio a temperatura interna do abrigo chegava a insuportáveis 45 graus, tínhamos que nos reidratar a cada 3 minutos e revisar em turnos para vigiar a porta. Sem contar que eu não tinha privacidade para nada, pois o pastor ficava filmando tudo sempre, se eu ia no banheiro, ele tava me filmando, se eu tava batendo uma, ele tava filmando...





Depois de tanto tempo, ontem finalmente descobrimos que a invasão havia acabado e que não precisaríamos continuar por lá, voltei para casa feliz e com uma dívida com o pastor, já que o aluguel do abrigo anti-bomba da igreja é de 450R$ por dia. Mas tenho certeza que meu pai vai pagar, como somos todos evangélicos do reteté em minha família e meu pai também sobreviveu ao apocalipse, podemos voltar a viver na nova terra sem as infestações zumbis.

A paz.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A pedreira do diabo

Olá, meu nome é Marcelino, tenho 34 anos e estou aqui para contar meu testemunho de fé. o que aconteceu a 10 anos atrás, na pedreira do diabo, onde eu trabalhei por quase toda a minha vida até esse período, em Itaitinga, Cerará.

Aqui eu nunca tive muitas oportunidades, pois sou de familia pobre, não consegui completar o ensino médio, mal completei o fundamental e meu pai me obrigou a trabalhar com ele na pedreira do diabo.



Na época eu tinha 15 anos, era muito novo, e não sabia como a vida funcionava direito, só seguia as ordens do meu pai. Meu pai era um sujeito frio,sovina e esquentado. A única vez na minha vida que ouvi um "Tô orgulhoso de você, filho" foi quando eu terminei o ensino fundamental sem nenhuma nota abaixo de 7, o que rendeu a nossa familia 5000 reais de incentivo para pagamento dos estudos. Fazia parte de um programa do governo que foi cancelado no ano de 2001.

Nunca soube ao certo o que meu pai fez com aquele dinheiro, sei que nunca o ví. Voltando ao assunto, quando comecei a trabalhar na Pedreira do diabo, perguntei ao chefão (Meu tio Indiosmar) porque a pedreira tinha aquele nome.

Meu tio disse que antes dele comprar a pedreira, o antigo dono contou a ele a história da pedreira do diabo, 3 crianças filhos de espírita foram sacrificados naquele lugar por seus pais em nome de Exu caveira, então aquela pedreira ficou conhecida como Pedreira dos Sacrifícios, 3 anos mais tarde, os pais foram encontrados mortos com símbolos Satanicos rasgados no peito, então foi mudado o nome para Pedreira do Diabo.



Eu morria de medo daquele lugar por isso, mas meu tio vivia dizendo que era zombaria do povo, que nada daquilo foi comprovado, que não passava de hsitória da caroxinha. O tempo foi passando, explosão vai, explosão vem, meu tio lucrava muito com aquele lugar, todos trabalhavamos muito, mas só meu tio ficava com o lucro. Quando um dia, estava eu e meu amigo Juliceu almoçando na boca da caverna, quando ouvimos gritos vindos de lá de dentro, pareciam gritos de dor.

Fomos verificar o que era, estávamos sem lanternas e Juliceu tinha 3 graus de miopia, e não tinha óculos. Entramos na caverna, Juliceu foi na frente, vimos a sombra de um homem que gritava “Me ajudem! Me ajudem! Eu fiz merda e preciso de ajuda! Juliceu! Marcelino!” Naquele momento Juliceu gritou “FANTASMA!”, saímos de lá correndo com a espinha gelada. Pegamos um punhado de Explosivos e detonamos a caverna.

No mesmo dia eu e Juliceu pedimos demissão e fomos procurar orientação, íamos ao centro espírita do paínho Juracir Irinéus das almas, mas no caminho, correndo feito loucos no meio da rua, trombei com um homem negro, alto trajava um terno terno Armani Preto com uma camisa social cinza e uma gravata também preta, que sorrindo disse para mim “Que isso, meu jovem? viu um fantasma?”.

Eu e Juliceu, com cara de assustados respondemos juntos “Sim”. O homem com uma cara de espanto nos disse: “foi na gruta do diabo, foi?”. Eu e Juliceu novamente respondemos juntos, tremendo de medo “SIM!”. Aquele homem então sacou uma bíblia branca de couro escrito “A Bíblia Sagrada” em diamante e com uma cruz de prata reluzente na capa e começou a rezar. Eu e Juliceu, como éramos espíritas, tentamos ir embora, mas o homem nos impediu.

Disse que precisávamos ir urgente até a Igreja com ele. Chegando lá, contei todo o relato para este homem, que era nada mais nada menos que pastor Silas, que na época estava inaugurando uma nova sede da Igreja Internacional em Itaitinga. Naquele dia eu me converti a igreja de Cristo. Me tornei Obreiro, terminei o ensino médio, fiz diversos cursos de qualificação profissional na Igreja e hoje em dia sou um conceituado pastor na Igreja Internacional.

Infelizmente depois que me converti, nunca mais encontrei meu pai, até hoje a policia não tem nem idéia de onde ele esteja e meu tio vendeu a pedreira do diabo, em breve vão transformar o que sobrou dela num Shopping Center. Mas shoppings são obras do tinhoso, então com certeza, estarei lá para transformar aquele lugar em mais uma sede da Igreja Internacional.

Glória.