segunda-feira, 27 de maio de 2013

Amor de vegetariano

Me chamo Henrique, sempre morei na fazenda, quando chegou a hora de prestar o vestibular para ir à faculdade, meus pais não podiam pagar, então eu teria que entrar em uma faculdade pública. O problema é que eu não era um aluno muito dedicado e certamente não conseguiria ser aprovado em um bom curso, para facilitar minha vida resolvi escolher um daqueles cursos que as pessoas fazem só pra entrar na faculdade mesmo e optei pelo curso de Ciências Sociais.

Fiz a prova do vestibular e como esperado fui aprovado, meus pais ficaram muito felizes, deram uma baita festa e espalharam para a vizinhança que eu era o mais novo aluno de uma universidade federal, o orgulho da família, pois até aquela data ninguém havia feito faculdade.

Passado um ano de curso, eu já era “o cara” da dialética (a arte do diálogo), criticava a mídia, os burgueses, o governo e acabara de me filiar ao PSTU. Era ano de escolha dos novos componentes do DCE e eu estava empenhado na campanha dos meus amigos, tanto que havia deixado de lado meus estudos, afinal eles não eram prioridade pra mim, estava lá apenas pelo reconhecimento que uma pessoa com nível superior tem nesse mundo capitalista.

Sob influência dos meus amigos, agora do DCE, comecei a fumar um beckzinho de leve, só para relaxar mesmo. Estava completamente envolvido com o movimento comunista e gostava muito dos ideais deles, até que conheci o Marquinhos, ele era um amigo do pessoal do DCE, que tinha acabado de voltar de um intercâmbio na Alemanha, tinha ficado lá por 18 meses mas aprendeu bastante coisa. Disse que nossas ideias eram boas, mas que se quiséssemos ser ouvidos e levados a sério teríamos que ser mais radicais, e disse que a moda entre os esquerdistas europeus era ser vegetariano, pois além de se preocupar com o bem-estar da humanidade, um visionário teria que se importar com o futuro do planeta e dos animais em geral, disse também que nós tínhamos que defender de qualquer modo a sustentabilidade, não por ser bom, mas porque isso nos tornaria famosos na mídia e nas redes sociais, assim seria mais fácil espalhar o comunismo por todo o país,  então decidimos adotar as ideias dele.

Naquele mesmo dia voltei pra casa e disse aos meus pais que a partir daquele dia não comeria mais carne e que seria vegetariano, no início eles não aceitaram muito a ideia mas depois de dar uma breve explicação sobre o assunto, acabaram aceitando. Então contei a eles que gostaria de cultivar uma horta, fiz isso e ainda plantei em uma pequena área da fazenda alguns pés de milho, com os quais eu iria me alimentar. Entre o milharal plantei alguns pés de canabis, para consumo próprio e para dar aos meus amigos que não podiam plantar em casa.
A vida que eu levava estava muito divertida, sem ter que estudar, cuidando da horta e das demais plantações, postando fotos das minhas comidas vegetarianas no Instagram e curtindo o sunset embaixo de uma mangueira, fumando um baseado. Foi lá, no final de uma tarde de Novembro que minha vida tomou um rumo totalmente diferente.
Havia uma vaca, a mais rentável para a fazenda, era campeã em tudo que participava, além de ser a que mais produzia leite na fazenda (23 litros por dia). O nome dela era Mococa, mas poderia ser facilmente Megan Fox, pois era tão linda quando a atriz de Hollywood. Meu amor pelos animais era tão grande, que acabei me apaixonando pela Mococa naquela tarde, foi lá que aconteceu o primeiro beijo e como ela não dificultou, o primeiro sexo também. Pra Mococa pareceu normal, afinal ela não era mais virgem, mas pra mim foi a melhor coisa que poderia me acontecer, era a minha 1ª vez, aos 23 anos, mas não me arrependi em nada.
Nos encontrávamos todas as tardes, no pôr do sol e depois de uma conversa e alguns beijos tudo acabava em sexo. A Mococa era tudo que eu queria, pensei até em me casar com ela e quem sabe ter alguns filhos, pois eu sempre gostei de minotauro, quem sabe ele poderia até ser lutador de MMA. Isso para qualquer pessoa poderia parecer algo impossível, mas pra mim, que me considero filho de Zeus, é uma coisa absolutamente comum.

O grande problema é que devido ao fato de a Mococa ser fiel a mim, ela parou de produzir leite e meu pai, esperto que era, desconfiou de alguma coisa. Começou a observar ela mais de perto, até que um dia ele me flagrou com a trolha dentro da pepeca dela, espantado ele perguntou porque eu estava fazendo aquilo, já que era vegetariano, depois me mandou para casa, através de uns tapas bem dados.
Chegando lá, disse a ele que eu não iria me separar da Mococa e que para eu me afastar dela ele teria que me matar, meu pai disse que estava cansado e que no dia seguinte conversaríamos. Fui dormir, já que no dia seguinte tinha aula.

Quando cheguei em casa, já esperando levar um sermão por conta do ocorrido no dia anterior, vi que haviam mais pessoas do que o comum, eram alguns amigos do meu pai. Na verdade ele estava dando um churrasco, quando cheguei ele me chamou e disse para eu comer um pouco da carne, falei que não era assassino e segui para o meu quarto. No final da tarde quando me preparava para ir ao encontro da minha amada, ele veio até mim e disse que aquele churrasco tinha sido feito com a Mococa, já que ela não produzia mais leite não tinha serventia para a fazenda e que as minhas palavras da noite anterior o tinham feito tomar essa decisão.

Fiquei com um baita ódio, mas não fiz nada naquele momento, voltei para o meu quarto certo de que iria me vingar. Entrei na internet tentar comprar uma arma, encontrei um cara que fez um preço bom e que morava perto da minha cidade. Quando fui entrar no foursquare para procurar o endereço do cara, vi que no twitter estava acontecendo um culto via tweetcam, cliquei no link e o pastor pediu pra eu colocar a mão na tela do computador nesse dia fui salvo, hoje faço parte do ministério do azeite quente, saí da faculdade satanista que eu estava e nunca mais quis participar dessa bobagem de vegetarianismo.
A Paz.

domingo, 26 de maio de 2013

Passinho do volante: Cultura e cristianismo

Artigo escrito pelo Pastor Udinésio Castro Pinto de Rocha Miranda



Para você que acha que nós só repreendemos, que só estamos aqui para falar as armadilhas do demônio. Estamos aqui para mostrar o que esses cultos jovens de baixa renda, moradores da providencia fizeram: Um trabalho sensacional, uma música super do reteté, com mesclagem de idiomas e gírias que só um pastor de alto nível saberia identificar. Provando que são ungidos e estão aqui para representar a comunidade cristã.

Primeiramente, “AH LELEK LEK” significa “Oh, Espírito Santo” em Húngaro. Uma rápida pesquisa no tradutor do google pode confirmar que o refrão da música nada mais é do que pura adoração a Deus. Como os jovens são apenas fiéis, e não sabem a linguagem dos anjos, escolheram o Húngaro, uma lingua pouco conhecida entre os brasileiros para representá-la. 


Comprove você mesmo: http://translate.google.com.br/?hl=pt-BR&tab=wT#hu/pt/ahhhh%20lelek%20lek%20lek%20lek%20lek%20lek%20lek%20lek%20lek%20lek


Em “Girando girando girando pro lado”, ele está mostrando que é assim que se dança um autêntico reteté. Girando para os lados e adorando ao Espírito Santo.

"No passinho do volante, quero ver o baile todo” Nessa parte ele faz claramente uma um apelo aos jovens: Não bebam! Beber é pecado. Vamos para o baile dançar, e vamos voltar dirigindo para não sermos pegos na blitz. Lei Seca, meus irmãos! Esses jovens são conscientes da realidade.



“Esse é o novo passinho pra geral se amarrar” É uma letra feita para tirar o demônio do seu corpo, é uma alusão ao popular “Tá amarrado!” que os pastores dizem para segurar os encostos na hora de desencapetar os irmãos.

“Ele é muito maneiro, qualquer um pode mandar” Significa que qualquer um pode, sem medo, ir retirar os encostos do corpo. É acessível, o pagamento é facilitado e Jesus te aceita do jeito que você é. Basta aceitá-lo na sua vida que logo será regenerado, ao invés de degenerado...

“É a revelação aqui do Rio de Janeiro. Se você aprender, vai mandar o tempo inteiro” Mesmo em uma terra onde a bandidagem e a sacanagem rolam soltas, eles foram capazes de se manterem limpos, sem beber, indo aos bailes e cultos para dançar em nome de Deus. Mesmo estando ali na favela, do lado dos bandidos, eles não se envolveram com isso e decidiram manter uma vida limpa. Se eles conseguem, você também. Ô glórias!

“Pois nas comunidades esse passinho já estourou. Dança até titia, vovó e também vovô” Aqui ele quer dizer que familias inteiras estão largando o umbandismo e indo direto para a única e verdadeira fé. Venha e traga a sua familia!

“Mas preste atenção agora vou te ensinar. O passinho do volante pra você também mandar: Aaaaaaaaah lelek lek lek lek lek lek lek lek lek lek” Aqui ele diz pra você aprender que apenas adorando a Deus você tem a chance de manter uma vida limpa. Orando em voz alta ao todo poderoso.

É isso, irmãos, o “passinho do volante” nada mais é do que uma maravilhosa obra do mais puro reteté-carioca, conhecido também como “funk gira-gira”. Foi inventado pelo Pastor Alcalirdes Silva no ano de 1898 em uma comunidade de ex-escravos no Rio de Janeiro. Ele converteu todos para a única e verdadeira fé. Venha você também! 

Glórias.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Boato sobre o Bolsa família era real

Caros irmãozinhos, que a paz de Deus esteja convosco neste dia. Vocês devem ter ouvido de algum vizinho ou parente, ou até mesmo na internet, sobre o fim do bolsa família, informação que o governo diz ser boato. E parecia que era mesmo... Hoje, ao abrir meu e-maio do yahoo ( melhor provedor de correio eletrônico da internet), deparei-me com uma carta virtual enviada por um leitor de nosso blog, e possivelmente um fiel ungido, que não quis se identificar. Leiam com atenção:



"Amigos da Poderosa Igreja do Primeiro Impacto. Eu, como vocês, sou também um servo do altíssimo, um guerreiro de Cristo, a serviço do exercito de Dã. Trago a mais aterradora das informações, que recebi diretamente em mãos. Sou funcionário público de alto escalão ( com bons vencimentos), faço parte do Tribunal de Contas da União. Por este mesmo motivo não gostaria de me identificar, para que os malignos conspiradores que querem o fim da moral cristã não me persigam covardemente ou apliquem de defamação com minha pessoa. 

A informação que trago é vital e vai desbaratar os esquemas da ditadura anti-cristã ( ateísta, comunista, feminazista, satanista, gayzista e etc) que visa se instituir em nosso país. O PT, antro máximo do satanismo político, liderado pelo ex-presidente ( e ainda mandante) Luis Inácio ( que ofertou seu dedo mindinho a Satanás) e da HUMANÓIDE Dilma Roussef quem a tudo orquestrou. O plano nefasto consistia em oferecer à população uma série de bolsas-auxílio e forçar os bancos a oferecerem créditos bancários. Então, de súbito, sem ao menos avisar, retirar da população um a um os benefícios, gerando fome, pobreza, criminalidade e diversas mazelas, fruto das pesadas dívidas contraídas com os bancos.

E não para aí. O verdadeiro alvo não é o cidadão comum, mas as Igrejas que defendem a moral cristã, verdadeiros bastiões na guerra contra a infâmia, a libertinagem e o pecado. Com o fim do bolsa-família, por exemplo, muito do dízimo ofertado às igrejas estaria drasticamente reduzido 
( na base de milhões de reais), diminuindo em muito o alcance das nossas congregações e, consequentemente, do caminho da virtude e das boas maneiras.

Porém a informação vazou ( adianto logo que não fui eu quem a vazou, pois durante os dias do boato estive viajando às Ilhas Caimã) e o governo, vendo a reação do povo, que lotou Bancos e loterias, em protestos pelo seu direito, decidiu não mais cancelar, NESTE MOMENTO. Mas os planos permanecem e num futuro próximo eles assim farão. ESTEJAM ATENTOS.

A Paz"

domingo, 19 de maio de 2013

Sermão sobre o Budismo


Zen-budismo, pederastia em forma de religião.

Sermão sobre o Budismo




Inicia-se com o Pastor Paulo, pastor titular da I Igreja do Primeiro Impacto, ministério do Azeite Quente

Irmãos, mesmo vivendo num mundo perverso, mesmo estando atualmente imerso nessa balburdia diabólica que se tornou a sociedade humana, ainda assim, irmãos, porque vivo com meu coração imerso no amor de Deus, eu consigo me chocar com as atrocidades que existem por aí. E por mais que o varão pense que esse caos é fruto da aproximação do apocalipse, o que me chocou foi um fato que há muito existe no mundo. Esse fato é o zen-budismo.

A prática budista leva muitos nomes,  como tantrismo, zen, zen-budismo, ioga, hinduismo, mas bem que poderia se chamar SEM-BUNDismo. Onde já se viu, uma prática dita religiosa onde um grupo de homens nus, de membro rijo, em posição de fila indiana ( quase um trenzinho de parada guei), se engatam analmente (isso mesmo), em mútuo coito retal... É, irmãos crentes! É isso que os zen-budistas fazem. Chamam isso de liberar a serpente que reside no reto. Esses ignorantes devem achar que as vísceras intestinais são como uma serpente! E a querem liberar! Ora essa, IRMÃO! Liberar o toba? Isso não é de Deus. E eles falam mais: para liberar a Cundalini( serpente retal) eles precisam fazer o sêmen chegar a cabeça, para atingir a Xakti, a energia 'feminina' de cada um. Essa mesma energia 'feminina' que é o demônio chamado pomba-gira na macumbaria afrosoteropolitana, o encosto principal causador do distúrbio chamado Omossexualidade masculina. E a tal flor-de-lótus, CONGREGAÇÃO, que nasce em fétido lodo, dizem os budistas, lodo este similar aos dejetos do homem, não passa da imagem das pregas anais!







O lema dos budistas é: nem na banda direita, nem na banda esquerda, a trilha para o paraíso é o 'Caminho do MEIO  em clara alusão as nádegas e ao ânus ! 

O nome do criador do movimento é Sidarta Gautama, também chamado Sacoimune e Buda. Repare só: SACO-IMUNE e BUNDA. Isso mesmo! Pederastia pura. ABOMINAÇÃO aos olhos do Criador ( Levítico 18:22). Bem que o Deus-encarnado, Jesus Cristo, o Nazareno, já disse a figueira: "Nunca jamais coma alguém fruto de ti (amaldiçoando a figueira: Marcos 11:12-14). Ora, esse tal Gautama meditou em uma Figueira, que foi tomada, desde então, como a árvore sagrada dos Budistas ! Essa prática chamada zen-budismo, fica claro, é a 'figueira seca' do evangelho, a rebelde e que não dá frutos bons.


Assume então a palavra o excelentíssimo senhor pastor Santiago, pastor titular da Igreja do Primeiro Impacto, Ministério da mão direita de Deus.

Vou continuar pelo que não falou o excelentíssimo senhor pastor Paulo, meu grande amigo. 

Os Zen são em sua totalidade vegetarianos, não pelo amor aos animais, já que Deus nos deu os animais como alimento, está na Bíblia, mas pois se dedicam quase que exclusivamente a meditação: ficam horas a fio parados, sentados, sem nada fazer e com a mente limpa. Não pensam em Deus, ou oram, só ficam ali parados, esperando a morte ou o Nirvana ( até agora não entendo o que uma banda de roque satanista tem a ver com eles...). Então, como ficam parados, coçando, não se dando ao trabalho de nada caçar, na mais pura preguiça, comem aquilo que dá nas árvores e nas hortas, que precisam de pouca atenção. Alguns Zen chegam a jejuar ( como Maratima Gandi fez) só para não terem o menor trabalho de pegar as plantas no pé. MAIS PURA PREGUIÇA. Um abesurdo!





Imagem de Buda, gordo porque não realiza nenhuma atividade física. O budismo incentiva a obesidade.

Eles creem ainda na reencarnação, onde a existência parece nada mais que uma partida de video-jogos infantís ( como aquele jogo satânico chamado Pequimen), onde o número de vidas é infinito e a responsabilidade pelo que se faz é mínima. Por isso pouco se importam com o que creem e o que fazem nessa vida. E isso explica o uso de entorpecentes por parte dos praticantes, drogas como a maconha, o ecstasy, cogumelo do sol, heroína e até o chá de santo daime. Coroe isso tudo com música secular hedionda e orgias sexuais e se tem o tal bundismo em sua totalidade.



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Das auto


Na juventude eu trabalhei na mecânica do Beto, isso lá pelos anos 80. Aprendi muito com o velho Roberto, um descendente de italiano bem bonachão e caricato.. E lá nessa oficina que aprendi meu atual ofício e também que deparei com um de meus primeiros carros, um Volkswagen Fusca original, modelo KDF de 1938 na cor preta. Recebido como pagamento de um pai de santo falido,o carro alemão estava bem detonado, mas mesmo assim eu me apaixonei a primeira vista. Fiz um acordo com o Beto e eu poderia consertar e ficar com o Fusca, e ele abateria o valor do meu salário. Comecei de pronto a trabalhar no veículo, inciando pela traseira e aqueles belos faroletes pequeninos. Muitas vezes passei toda a noite trabalhando nele, na mecânica, até altas madrugadas. Chegava a dormir poucas horas nessas noites.

Mas foi só quando eu terminei o motor (um bem estranho por sinal) o recoloquei no veículo, e terminei toda a parte mecânica que algo espetacular aconteceu. Eu estava novamente trabalhando até tarde e então um dos faróis piscou. Pensei que era aqueles brilhos estranhos que acontecem nos olhos quando estamos com sono. Então o motor do carro se ligou sozinho e os faróis se acenderam e a buzina tocou. E uma voz rouca falou com um som metálico, o rádio também havia se ligado.




Mas não era o rádio, era o próprio carro que tinha começado a falar. E falou por horas, com um sotaque alemão, e sobre sua vida e como foi criado. Disse que seu nome era Weiss Stern Schreiber, um judeu alemão que por artifício de magia negra teve sua alma ligada ao veículo.

‐ Então você era um daqueles tais narcisista, Weiss ?

‐ Nazi, nazista? Não. Na verdade, fui perseguido por eles.

‐ Como assim? pensei que todo alemão dessas épocas era desses tais nazistas aí.

‐ Muito pelo contrário. Eu era judeu e fui perseguido por eles por isto

‐ Nunca entendi isso de perseguir uma pessoa porque ela é de uma raça diferente. Eu até prefiro, quanto mais mulher diferente no mundo melhor. Morena, loira, ruiva...

‐ Bem, Hitler não batia bem da caixola. então perseguiu judeus, que é o povo prometido.

‐ Mas porque?

‐ Porque somos o povo prometido. E bem da verdade, somos um povo bastante unido e ,no pais em que estivermos , não importa qual, mantemos sempre nossas raízes intactas do contagio externo. Ou seja, não nos misturamos a nenhuma outra cultura. Isso gera ciumes dos outros, sabe.

‐ Mas isso é ruim não? Tá num país deve amalo, mesmo que tenha tradição...

‐ Claro que não. Mas Hitler não perseguiu só os judeus mas os maçons livres também...

 ‐ Ué, esses maçons são do capeta?! Já ouvi dizer que são... Então Hitler fez alguma coisa boa pelo menos.

‐ Não, não e NÃO. Os maçons são um grupo que se dedica a ajuda mútua financeira e troca de conhecimentos. Muitos judeus são maçons. Por sinal fomos nós, os judeus, quem criamos a maçonaria na época do Rei Salomão!!!

‐ Hum, me explica isso melhor.

‐ Os judeus que trabalhavam com pedra buscavam se ajudar mutuamente e criaram a maçonaria. Com o intuito de, assim, pelo apoio financeiro e influência, muitos fracos se tornarem forte para dominar a todos os demais.

‐ Mas isso não é meio errado?

‐ Não. Nós somos o povo escolhido!

‐ Entendi! Povo de deus e tal...




Weiss me ensinou que os judeus maçons da Alemanha se chamavam illuminati, os iluminados, e eles, de início, colocaram Hitler ao poder e depois tentaram tiralo de lá, usando muitos atentados. Mas Hitler sobreviveu a todos. Então os illuminatis decidiram criar, pela magia negra, um carro imbuído com a alma de um deles e quando o fuhrer estivesse em um deles um acidente fatal seria providenciado. Então eles decidiram por um Fusca original, um dos primeiros construídos por Ferdinand Posche e que seria usado por Hitler em um evento oficial. Mas Hitler não foi e a alma de Weiss ficou para sempre ligada ao veículo, sem poder concluir sua missão. Para provar o que falava, Weiss me indicou o caminho da loja maçonica mais próxima e me ensinou o aperto de mão secreto ( que era soco, soco, bate, bate, soco, soco, vira, vira...).

Após voltar da loja questionei o fusca alemão:

‐ Eu já ouvi muita coisa de maçom e não sei mais o que é verdade. Vocês acreditam em deus pelo menos?Não vi nenhuma representação na tal loja, só um compasso, um livro e uma letra g...

‐ Nós acreditamos sim

‐ Em qual?

‐ Em todos. Em jupiter, buda, brama, são jorge, thor, hulk, alá, oxalá, orunmilá, kamissamá...

‐ Mas e em Jesus?

‐ Este não.

‐ E porque não.

‐ Porque foi um enganador, um rebelde louco e charlatão! Você sabia que a igreja cristã apoiou Hitler no ataque aos franco-maçons? E não só Hitler e a igreja mas o imperador do japão e Mussolini também nos atacaram!

Mas os monges escondiam os judeus comuns em monastérios e tudo mais...

‐ Que se danem os judeus comuns! Maçom ajuda maçom, não o resto!!!

Na manhã do dia seguinte, um pastor veio a nossa oficina trazer seu Dodge Ram modelo 1982 na cor verde para a revisão e se deparou comigo conversando com o Fusca. Ele era de uma tal Igreja do Primeiro Impacto, Ministério do azeite quente ( vi no emblema que trazia ao peito) e , após um rápido movimento de imobilização, me prendeu na mala de uma Fiat 147 ( não sei como não quebrei a coluna). Depois que conseguir me safar, voltei ao Fusca e ele nunca mais me falou nada. O encosto se foi. Uma pena. Já pensava até em tatuar o pentagrama invertido e sair por aí criando discórdia pelos bairros vizinhos, invadindo terreno baldio, forçando especulação imobiliária pesada, empréstimo de dinheiro a altos juros e dizendo Shalom adonai, com aqueles belos chapeuzinhos no topo da cabeça.