terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os sábios e os tolos

Testemunho do Pastor Geomar Alves Neto de Campo Grande, Ms.

Quando eu era mais moço, com uns 16 anos de idade, viajava muito com meu pai para caçar e comprar passarinhos. Melro, Tico-tico, Bicudo, Coleiro, Canário-da-terra, Canário-Belga, Mineirinho, Bem-te-vi, Trinca-Ferro, Tiziu, Curió... eram aves belas e de todos os tipos de cantos.

Lembro bem que meu pai, eu e dois amigos dele, o Zé-do-Pipo e o Timbó, planejavamos uma viagem para as bandas de Coronel Sapucaia, que fica perto da fronteira com o Paraguai. A idéia era atravessar a fronteira para comprar aves achadas naquele outro país.Então, em um sábado, lá fomos nós 4 em viagem na Ford Belina 1984, 1.6, motor a alcool, de papai, que foi totalmente entulhada de gaiolas, alçapões,transportes, além de de alpiste, colza, aveia, milho-alvo branco, verde, vermelho e preto, farinhada de banana, tenebras, cânhamo, girassol miúdo, graúdo, branco...

Depois de algumas horas de viagem, decidimos parar na cidade de Rio Brilhante porque o Zé , que estava dirigindo , reclamava de vontade de urinar. Mentira dele! Ele queria mesmo era parar para tomar umas doses de Dreher, já que só conseguia ter saco para dirigir quando estava bêbado.

Paramos no primeiro bar que encontramos. O lugar era um verdadeiro pé-sujo de porta de estrada,com aquela densa camada de poeria cobrindo as garrafas de bebida, o balcão em madeira, posteres de revistas de sacanagem e as imagens de santos católicos que empesteavam o lugar. A presença dos cachaceiros de sempre, ostentando aquele olhar perdido dos acometidos pelo etilismo, completava a singular atmosfera do ambiente.
Um grupinho de pé-de-cana amontoava-se no balcão e se entretiam em conversas espalhafatosas.

Me aproximei, sentei em um banco e vire-me para a balconista:para a minha surpresa não era UMA balconista mas sim UM balconista que se vestia como mulher , usando peruca loura, saia na altura do meio das coxas peludas, camisa decotada- escapando um sutién que cobria peitos bem cabeludos- e,no pescoço, um escapulário de Nossa-Senhora e um terço bizantino. Pedi um Guaraná Taí(gostoso como um beijo) e fui ouvindo , contra a minha vontade, aquela conversa indecorosa dos bêbados: eles estavam sacaneando um negrinho bem matuto.

- Silas, venha cá. Olha só aqui: tem essas duas moedas, qual você escolhe?

Um dos bêbados apontou para duas moedas ,uma de 25 e outra de 50 centavos. O matuto foi lá e pegou a de 25 centavos, a maior das duas e todos começaram a rir.

- Essa é mais valiosa , não é?! -perguntou outro bêbado.

O negro respondeu com a cabeça um 'sim'.

Eles se divertiam da ignorância do homem ao escolher a moeda maior achando que era mais valiosa e eu acabei rindo daquilo também: "Esses matutos são tudo burro"!

Depois de sair do bar ,almoçamos na pensão da Cleomira e fizemos uma pausa para fazer a digestão. Não tinha sono e fiquei sentado no meio fio ao lado da Belina enquanto os outros 3 dormiam lá dentro. Vi o tal Silas passar : ele , estranhamente, usava um cordão em ouro e um terno italiano.

O cara até pouco tempo atrás era um pobre burro e agora está vestido como rico?

Decidi segui-lo para tirar a prova dos 9. Ele caminhava com um andar ereto e firme ,como um imperador , e, um pouco mais a frente , entrou na boléia de um caminhão Mercedes-benz 1113 toco. Eu me apressei e ,as escondidas ,subi na caçamba, dividindo espaço com centenas de pesados sacos de areia. No ímpeto de me esconder, pisei em um dos sacos que se rasgou e vazou seu conteúdo: não era areia mas sim moedas de 25 centavos. Uma fortuna em moedas! Coloquei algumas delas no bolso da calça.

Como que possuidor de uma audição gatuna, Silas parecia ter ouvido algo e parou o caminhão. Desceu, contornou o veículo e veio na minha direção. Em um salto , subiu na caçamba e ordenou:

-Sai daí, moleque burro!

Sai do esconderijo, tremendo igual vara-verde.

-Devolva o que não te pertences!

As palavras do homem eram como comandos do próprio Deus, ordens impossíveis de serem burladas. Entreguei-lhe todas as moedas que peguei e o estilingue do Marcos ,meu vizinho , que eu havia roubado a duas semanas atrás.

- Esse dinheiro pertence a Igreja de Deus e foi conseguido pela Palavra. Realizei o que Jesus mandou: me fiz de humilde para conseguir edificar a Obra.

- Mas lá no bar, porque você pegava a moeda de 25 centavos e não a de 50? Você não sabe que a de 50 vale mais?

-Claro que sei. Eu fingia que não sabia para que a brincadeira continuasse e eu conseguisse o dinheiro dos idiotas. Foi assim que ajuntei toda essa fortuna.

Naquele dia,larguei o catolicismo e fui convertido a Igreja Internacional por aquele homem , que é um homem de Deus e se chama Pastor Silas Adoniran Fonseca. Ele me ensinou que os sábios se fazem de humildes e se divertem enquanto os idiotas se fazem de inteligentes.

Hoje sou pastor integrante da "Liga dos Pastores" e devo tudo o que conquistei ao Pastor Silas!

A paz

6 comentários:

Pastor Aricleine Natal disse...

OH GLÓRIA!

Pastor Anacreonte Oliveira Jorge disse...

Quanta benção nesse testemunho. Belo trabalho, companheiros de Liga. Esse testemunho é mais a enaltecer o Mito Silas.
Paz e graça.

Anonymous disse...

Aaaah, vão tomar no cu! Acham bonito falar que roubam dinheiro. Se fazer de humilde o caralho, parem de se comparar a Jesus. Viva a Igreja Católica, Porra!!!!

Pastor Jostom Jequissom disse...

Catolicos são uma cambada de idolátras ignorantes e de boca-suja que não honram as Lei de Deus.

Tenho pena!

GodTeacher disse...

Cara esse histório não é do Silas, é de um homem em um cruzeiro que era zoado pelos ricos, isso é uma lição de moral.
Po tio silas, vc é riquim em
posso da uma volta no seu carrinho algum dia?

Anônimo disse...

VAO DAR O CU

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