Ressurgido no terceiro minuto

Aviso: Tudo que conto pros irmãos aqui aconteceu de verdade. Mente quem fala que é invenção da minha pessoa.

Me chamo Geisom Mercosul Ataliba. Hoje em dia sou pastor mas antes fui um perdido que seguia o paganismo africano. Vou conta-los de como foi minha vida antes de me converter pelas mãos do Pastor Aricleine e de como ele me salvou do pecado.

Depois de me formar no fundamental, parei de ir a escola. Achava perda de tempo, e minha mãe dizia o mesmo, afinal ela queria que eu me tornasse um pai-de-santo (pai-de-encosto) e , para ser pai-de-santo, todos sabem, não se precisa de estudo. Mesmo assim, se enche a burra de dinheiro. Mamãe ( dona Aricleide, que deve estar ardendo no lago de fogo do inferno por seus pecados) era adepta fervorosa da magia africana. Quimbanda era prática comum em nosso lar. Com 16 anos reneguei aquilo que minha mãe me impunha pois descobri que um dos requesitos para ser sacerdote da macumba era tornar-me homossexual. Gostava demais de mulher para me corromper deste modo (além disso, sexo anal doia muito).

Tentei viver de bicos mas o serviço braçal não combinava com minha pessoa. Eu sabia meu valor e preferia ficar sem nenhum tostão a ter de me rebaixar em serviços degradantes como de Motoboy, servente de pedreiro, atendente de telemarketing ou de auxiliar de escritório . Ter dinheiro era um direito meu de nascença, já sabia ( pois Deus me confidenciou em sonho). Eu só não sabia que estava fazendo tudo errado para poder usufruir daquilo que me era devido.

Minha mente era tão avoada que aceitei o convite de um conhecido, o Igor, para se juntar a ele e assaltar uma Igreja ( um tal de Fernando deu pra trás de ultima hora). No dia marcado, encontrei-me com Igor e um outro cara, um tal de Ivan. Me entregaram uma arma( bem diferente, que cuspia bolinhas ao invés de balas; Igor explicou que era um modelo afegão e tal) e disseram que eu nem ia precisar usar, pra eu ficar tranquilo que ia ser jogo rápido.

Na Igreja, rendemos os obreiros que ficam na porta ( obreiro Danilo e Gabrielzito) e gritamos para todos levantarem os braços. Obedeceram, menos o pastor ( Aricleine Natal) que apontou o dedo em nossa direção e gritou:

-Eu os expulso, Satanás! Saiam daqui em nome do Senhor!

Depois disso ele correu na minha direção. Igor e Ivan fugiram na hora e jogaram suas armas no chão. Eu fiquei com medo( imaginem um negro de quase dois metros, forte toda vida, correndo em sua direção e vocês vão saber o que passei) e , sem saber como reagir, enchi o homem de tiros: ao todo 7, só no peito. O Pastor caiu morto no chão e os fiéis fugiram. Sobrou só eu ali, em pé, ao lado do corpo inerte do pastor, em prantos, pedindo clemência pelo que cometi. Pela primeira vez orei a Deus e três minutos depois Ele me respondeu :

- Ei, você aí- uma voz ressoou no ambiente

- É você, Senhor?

- Aqui no chão - olhei e vi o pastor vivo e falando comigo. Um milagre!

- Mas você está vivo?

- Claro. Tem mais alguém por aí?

- Não. O senhor, vivo... mas que milagre!

- Glória... Agora me ajuda a levantar aqui.

Aricleine levantou e tirou sua camisa. Vi, depois dele limpar o sangue estranhamente da cor de vinho ( vinho da santa ceia, o sangue de Jesus: outro milagre!), que não haviam buracos de bala mas somente simples hematomas em seu peito. Jesus ama mesmo esse homem!

Conversamos por um tempo e o Pastor Aricleine me convidou a participar do curso para obreiro da IPI. Também me inscrevi para bolsista para graduação em Teologia pela Universidade do Primeiro Impacto ( UNIPI). Por mais difícil que fosse ( a nota de corte é 9,5, ninguém consegue essa proesa há mais de 10 anos) consegui passar. Em troca de todas estas dádivas, Aricleine pediu para eu não contar para ninguém do ocorrido e esconder a arma do crime. Ao contrário, decidi que devia honrar àquele milagre e assim dar o testemunho a todos, da ressurreição do homem de Deus depois do terceiro minuto de morto.

Hoje, dois anos depois disto tudo, tenho minha própria Igreja, a segunda filial da IPI de Rio Branco ( Acre). Guardei como lembrança a arma que foi utilizada por mim ( movido por Satanás) para matar o Pastor Santo, mesmo contra as determinações do pastor. Muitos fiéis peregrinam ( e doam) à minha igreja só para ver esse instrumento santo. Enfim pude usufruir de tudo aquilo que estava destinado a mim.

Uma lembrança de que Deus é maior que tudo! Vejam a arma do crime:



As unções ainda não acabam ai. Vi que os dois garotos que tentaram assaltar a Igreja comigo se tornaram nobres obreiros grau 3 da Igreja (em nossa Igreja ganha-se 1 grau como obreiro a cada 3 anos no mínimo).


Deixo-vos esta verdade: Quem crê, NUNCA morre!