[Testemunho de fé] Evertom, o padre e o sacolé.

Lembro-me da minha infância como se fosse ontem, era uma época feliz, cheia de inocência e alegria, eu era um menino serelepe como qualquer um que vivia no bairro de Anchieta, na baixada fluminense.

Naquela época eu não entendia das coisas da vida, também nem poderia, tinha apenas nove anos de idade. Minha mãe era uma católica fanática e meu pai vivia trabalhando, nunca tinha tempo pra mim, o único homem com quem eu tinha contato constantemente era o padre Severino.

Padre Severino era o ídolo da molecada, vivia nos dando doces, eu odiava fazer a catequese, mas sempre ia forçado pela minha mãe, mas nos finais das missas Padre Severino dava pirulitos, picolés, sacolés e iogurte (daqueles de saquinho) para as crianças, que se deliciavam naquele festival de doces... Doces pederastas.

Eu a pesar de forçado a fazer, era um bom aluno na catequese, ouvia sempre o que as irmãs e o Padre Severino tinham a dizer e sempre cumpria com as lições que os católicos nos enganavam dizendo que era certo (Coisas como adorar imagens e seguir um falso Jesus).

Padre Severino sempre parecia muito interessado em mim, sempre tocava no meu nome e estava sempre aparecendo lá em casa, para me levar de carona na catequese (sempre dava a desculpa de que era caminho da casa dele pra igreja).

O tempo passa e eu acabo me tornando coroinha (maior roubada da minha vida), todos os dias eu conversava com padre Severino sobre vários assuntos, mas geralmente assuntos de criança, que por algum motivo ele era sempre muito aberto a conversar como se fosse uma também.

Na segunda semana como coroinha, padre Severino me chamou para ajuda-lo a preparar os sacolés da criançada da missa, quando ele me ofereceu um gole do “suco” que ele usava para preparar o sacolé, aquele dia foi confuso, pois depois que eu bebi o suco não lembro de mais nada, só de acordar com fortes dores de cabeça e abdominais no dia seguinte.

O tempo foi passando, sempre muito amigo de padre Severino, tomando seu sacolé caseiro praticamente todos os dias... Quando percebi já tinha 14 anos, foi a idade que me assumi como homo afetivo.
Um dia ajudando padre Severino com algumas coisas pesadas que tinha que levar pra igreja, ele foi direto comigo e disse:
“Everton, que tal encontrar-nos essa noite, você e eu?” (fazendo gestos obscenos, naquele dia ele tinha descoberto que me assumi como homo)

Fiquei espantado e perguntei

“Mas padre, você é um homem de Deus, você não pode fazer esse tipo de coisa”

Ele respondeu:

“Já fiz isso muitas vezes, eu gosto é de garotinhos assim que nem você... que nem você, Everton.”

Assustado, corri dali naquele instante e refleti por um instante tudo o que aconteceu durante minha infância, cheguei à conclusão de que precisava observar o comportamento de padre Severino.
Como um espião, vestindo uma balaclava improvisada, resolvi observar padre Severino em sua casa. Chegando lá, Severino estava a preparar os sacolés da criançada e foi aí que vi as evidencias de que fui enganado a minha vida toda... Severino usava suco de soja no sacolé.

Como todos sabem, todos os compostos da soja tem uma substância que age como hormônio feminino, ou seja, estava tomando essência de mulher toda a minha infância, o que me fez achar que era guei!!!

Resolvi buscar ajuda, não poderia chamar minha mãe, ela me chamaria de mentiroso e herege, a ultima coisa que eu queria era deixa-la mais estressada, então resolvi chamar ajuda de fora. Minha vizinha era uma crente do reteté, uma mulher culta, bonita e simpática, que era casada com o pastor, Pastor Udinésio o nome do homem ungido, que era casado com minha salvadora.

Contei a ela tudo o que tinha visto e ela, então, consumida pela sabedoria que o espirito santo concede a seus seguidores, me encheu de palavras belas e sublimes e me contou como era belo o lado evangélico do Cristianismo que era o lado verdadeiro, diferente do catolicismo que foi desvirtuado pelo paganismo e pela umbanda.

A belíssima e inteligente vizinha ligou para a policia, que investigou e encontrou na casa do Padre diversas fotos de garotos nus em poses comprometedoras, inclusive fotos minhas, acredito eu que sejam fotochope.

Padre Severino foi preso e minha família se converteu. Meu pai decidiu trabalhar menos, o que deu a ele mais tempo pra ficar em casa e me ensinar a ser homem, minha mãe começou a ir aos cultos, ficou amiga íntima do pastor Udinésio.

Hoje em dia posso dizer de boca cheia: Sou um ex-guei tão macho como qualquer macho no mundo!!! Sou casado com a filha do Pastor Udinésio, sou eletricista e também sou obreiro da Igreja do Primeiro Impacto. Venci em Cristo e pisei na cabeça da serpente, ao invés de sentar nela!

A Paz.