domingo, 3 de junho de 2012

Deus me colocou na guerra contra Satã (Parte 1)


 Pastor, venho aqui contar o meu testemunho para inspirar as pessoas que sofreram nas mãos da pior corja existente na face da terra! Minha história é muito triste, começa com uma infância terrível de um jovem cristão enfrentando a separação dos pais e depois um homem tentando seguir o caminho correto sendo seduzido por Satã com empregos em uma das empresas mais bem estruturadas da década de 90.

Vou começar falando um pouco de minhas origens, sou filho de um humilde marceneiro que, desde os meus primeiros anos, ensinou-me os caminhos de Deus, era um verdadeiro varão de Jesus! Já minha mãe se converteu apenas para casar com meu pai, esperava que ele fosse querer herdar a loja de material de construção de meu falecido avô. 

Quando o preço da madeira começou a subir e subir sem aviso, meu pai teve problemas para conseguir clientes e minha mãe teve que começar a trabalhar, seu estudo porém, só lhe deu emprego de faxineira, infelizmente. Jogada de um emprego para o outro em meio à falência das empresas em meio às crises da época, acabou por ter que aceitar um emprego de faxineira em um cinema erótico, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Meu pai sempre me disse que não confiava na minha mãe e que um dia seriamos só nós dois em casa, infelizmente, ele estava certo em parte. Minha mãe era uma mulher de curvas suntuosas, muito gananciosa e fogosa, acabou por ser seduzida por um cafetão/bruxo muito rico na época, conhecido como Pai Heraldo, chamado de Papi por suas meretrizes.

Houve briga na justiça por minha guarda e meu pai acabou por perder o processo, minha mãe, mesmo tendo admitido o adultério e vida promiscua, ganhou a minha guarda. Meu pai teve que vender o seu carro, um Opalão de luxo marrom café com estofado de couro de cobra legítimo, e até a nossa casa na Barra da Tijuca para pagar a pensão. Vivi na casa de Pai Heraldo, no Méier por 4 longos anos. Aquele lugar era um antro capetídico de perdição, imagens de santos para todos os lados, pentagramas, cruzes de ponta-cabeça, prostitutas, animais sendo criados para serem sacrificados, espadas samurai e até mesmo uma armadura da época viking com um símbolo pagão, os “3 chifres de Odin”.


 Os 3 chifres de Odin: Simbolo do “Deus” da guerra, que exigia sacrifícios de seus adoradores para concedê-los a vitória.



Meu padrasto era um homem cruel, não gostava de crianças, me reprimia quando orava antes de dormir, me batia de cinto de couro de jiboia nas costas e me xingava de tudo quanto é nome! Pai Heraldo me obrigava a ir em todas as sessões de possessão espirital em seus templos de bruxaria(Anchieta, Rio-São Paulo(Atual intendente Magalhães), Barra da Tijuca, Centro, Bangu, Senador Camará, Santíssimo e Campo Grande). Vivia jogado por estes lugares, pedindo a Deus para sair puro daquelas casas de encosto.

A pesar de ser tão cruel comigo, depois de um tempo, passou a ter mais afeição por mim do que por minha mãe, que estava mais interessada é nos carros e na conta bancária astronômica do pai de santo. Um dia, chegando do bar depois da vitoria do botafogo contra o Internacional pelo campeonato Brasileiro em pleno beira-rio, Pai Heraldo me pegou comemorando eufórico na sala a vitória, ao lado do radio que transmitia o jogo.A partir dali, Pai Heraldo passou a me respeitar e parou de me judiar daquela forma (Batendo e xingando) e passou a me tratar como se fosse seu próprio filho, me comprando presentes como bolas de futebol, doces, camisas do Alvinegro e até um Sega Gênesis, o videogueime mais conceituado da época, recém-lançado no país.

Talvez por seu fanatismo pelo botafogo, Pai Heraldo estivesse gostando de mim? Talvez. Talvez ele só precisasse de uma desculpa esfarrapada para passar a me tratar bem e tentar me levar para o lado da magia negra da umbanda e do candomblé. A partir dali, começamos uma relação de pai e filho, eu por um lado só dava orgulho para ele, tirando boas notas, sendo um tremendo atacante na escolinha de futebol e torcendo para seu time do coração, o Botafogo Futebol e Regatas, mas não importava o que ele fazia, eu não largava o cristianismo, inclusive fugia para os cultos quando o Pai Heraldo precisava viajar para encontrar seus clientes.

Estava começando a achar que aquele homem não era de todo mal e logo no meio do segundo ano na casa de Pai Heraldo, já tinha me acostumado com os gritos das meretrizes ecoando pela casa e o cheiro forte de charuto cubano Romeo y Julieta e incenso de mirra por todo canto. Minha vida parecia normal até Janeiro de 1992, quando, enquanto dormia, recebi uma mensagem de Jesus Cristo.

Estava dormindo em meu quarto, em uma noite quente do Rio de Janeiro, e o próprio Jesus veio em meu sonho e disse:

FOGE, Reinaldo!! Heraldo tá vindo te pegar!!

Eu respondia:

Mas Jesus, Pai Heraldo não é de todo o mal, ele-

Então era interrompido:

Ele veio te pegar! Foge!!

Este sono se repetiu por semanas, até que em uma noite, no meio do sono, acordei com o barulho de batidas e respiração ofegante, era Pai Heraldo, cometendo o ato onanista em meu quarto, enquanto me olhava! Eu misteriosamente estava nu, mas não estava amarrado ou amordaçado. Olhei para pai Heraldo, que tinha notado que já estava acordado, mas não parava por nada, de fazer movimentos retilíneos para cima e para baixo em seu membro enrijecido, assustado, gritei “HERALDO, QUE ISSO, MEU?”

Pai Heraldo não respondia, parecia estar possesso por entidades cabalísticas, quando levantei e fui em sua direção, tentei parar seu braço, o mesmo olhou nos meus olhos e deu uma piscadela. Fiquei tão assustado que caí para trás, era um olhar demoníaco, como o de um estuprador. Comecei a orar em voz alta, pedindo a Deus para fazer os demônios deixarem aquela casa, Pai Heraldo levantou-se, neste momento, tentei correr e pular pela janela, mas Heraldo foi rápido e puxou de dentro de sua cueca, um revolver Taurus .22 já dando um tiro e acertando meu pé.

Gritei de dor, com lágrimas nos olhos, olhei para trás e vi que Pai Heraldo levantava suas calças, com os olhos em brasa de ódio, ainda possuído. Pai Heraldo virou-se para mim e disse:

Tu é um merdinha. Não devia ter te tratado como filho esse tempo todo, tenho vergonha de ti. É até bonitinho, mas não aprendeu nada com o que te ensinei.

Choroso, falei trêmulo:

O quê?

Pai Heraldo puxou a cinta de couro para me bater de novo e gritou:

EU SOU GAY! TODO PAI DE SANTO É GAY! MULHER NUM PRESTA, MULHER É BICHO SUJO!

Em pânico, não sabia o que fazer, e ele começou a contar seu plano.

Eu me casei com sua mãe, pois estava apaixonado... pelo seu pai. Mas aquele homem cheio de Cristo no coração, jamais me amaria da mesma forma que eu o amava, nunca ia entender o amor puro entre dois homens. Quando vi você comemorando, vi no seu sorriso a face de seu pai.

Cada palavra de Pai Heraldo, me fazia ficar mais desesperado, o coração acelerado piorava meu sangramento, tentei me arrastar, mas ele me segurou pelo 'pé bom' e começou a falar.

Mas não adiantou eu tentar te fazer enxergar a verdade, que Satanás está aqui para nos ajudar a ter uma vida boa, tudo o que importa está na terra, a pós vida não é nada! Você falhou comigo, filho.

E começou a me espancar com a cinta de couro de Jiboia. Ele ficou por horas me batendo, até que desmaiei, pouco depois dele parar.
 
Comecei a sentir um cheiro de brasas. Será que era charuto? Não. Era incenso? Não. O que era este cheiro? Pensei por alguns segundos. A CASA! ESTAVA EM CHAMAS! Acordei no desespero, olhei pra trás, via a casa desmoronar, tudo ser consumido pelas chamas, a fumaça preta e a janela aberta. Tentei ficar de pé, não consegui. Tentei me arrastar, mas era doloroso de mais... comecei a chorar pedindo ajuda a Deus e foi que a ajuda chegou, Deus mandou os bombeiros! Era um milagre, desmaiei de novo e sonhei com Jesus naquela noite.

Acordei com meu pai ao meu lado na cama do hospital, chorando de alegria ao me ver vivo. Perguntei o que tinha acontecido, ele me disse que os médicos tinham me salvo por muito pouco, que tinha sangrado tanto que precisei de uma transfusão, mas tinha certeza de que o que tinha salvo minha vida tinha sido Deus, pois como já sabíamos, médicos são apenas enganadores.

A partir dali, minha vida foi só alegria, meu pai moveu um processo para reaver minha guarda, alegando que minha mãe pôs minha vida em risco vivendo com aquele homem maligno. Pai Heraldo havia fugido para a Venezuela e por isso não poderia ser preso por tentativa de homicídio, uma pena, queria vê-lo atrás das grades.

A partir dali, passei a viver com meu pai em sua nova casa, desta vez em Madureira. Minha vida tinha voltado ao 'normal', parei de torcer para o botafogo, e posteriormente, larguei o futebol. Comecei a estudar Administração e depois contabilidade, foi quando achei que meus problemas tinham acabado e que tudo estava em paz...



Mas era apenas o começo.


A PAZ

7 comentários:

Anônimo disse...

vc leu esse texto ? vc acaba de perder 10 minutos da sua vida !

Jesus Jose Osvaldo e Montenegro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jesus Jose Osvaldo e Montenegro disse...

Extremamente profundo o texto, quase chorei de tanta unção. Glorias!!! Sangue de Jesus Cristo tem misericórdia, todo poderoso!!

Osama nas alturas!!

Só um adendo, o Famicom(famoso nintendinho) era mais badalado que o Genesins na época.

Anônimo disse...

Que bom que o irmao ai se salvou

tinhoso disse...

ih olha la o comedia!!!!!!
q tosco enventa historia
mentirosa pra fingi q
passo por essas coisa
vcs naum sabe de nada
satanas hell 666 hail satan!!!haha

capirodemo disse...

uma história plangente, de dor e contaminação pelos idos do inferno ardente. Vade retrum, sic transit gloria mundi. Mais um que escapa do sétimo círculo infernal de Dante, que nos proteja São Virgílio, graças a Newton.

Anônimo disse...

PAZ IRMÃO....VC MERECE....UM LUTADOR CONTRA AS FORÇAS MALIGNAS DE SATÃ

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