sexta-feira, 18 de março de 2011

Ladrão Arrependido

Meu nome é Marisson Verbero, e hoje sou evangélico e levo uma vida forrada de virtudes cristãs, porém em outros tempos já fui ímpio.

Nasci em Itaperuçu, PR, nos anos 70, e sendo filho de mãe solteira, não levou muito tempo até que me tornasse um trombadinha e mais tarde em um criminoso de extrema audácia. Comecei roubando pão em padarias da cidade onde eu morava, na escola (estudei até a segunda série) comecei a roubar dos meus colegas e das professoras.


A partir dos 14 anos meus crimes começaram a aumentar, comecei a roubar as galinhas dos vizinhos, o tipo de crime mais comum em minha cidade natal. Aos 18 comecei a roubar aparelhos eletrônicos principalmente televisores radios, que eram novidade naquele tempo e custavam muito dinheiro, roubava, desmontava e vendia os componentes que eram feitos de cobre, que era comprado por quilo, o resto do aparelho eu jogava fora.


Vários episódios bizarros dessa vida cretina permanecem insolúveis em minha memória, espero relatá-los em outra oportunidade, pois o meu foco aqui é a minha redenção em Cristo. Minha salvação ocorreu em uma tarde de setembro de 2009. Dois dias antes eu e um de meus comparsas tínhamos resolvido assaltar um supermercado, seria o maior crime de nossas vidas. Planejamos entrar no mercado como se fossemos fazer compras normalmente, então ficaríamos perto de um três caixas esperando que o operador do caixa abrisse a gaveta onde ficava o dinheiro, nesse exato momento pularíamos para o caixa pegaríamos todo o dinheiro e sairíamos correndo para a liberdade. Plano perfeito, uma verdadeira obra de arte, pensei naquele dia.

Mesmo com todo o empenho que tivemos em montar essa operação, havia nela um problema: nós seríamos reconhecidos pelos clientes, pois todos eram nossos vizinhos e parentes. Isso foi resolvido no dia seguinte, após longas horas de planejamento chegamos à solução: para não sermos reconhecidos bastava usarmos um disfarce, decidimos pintar nossos rostos com uma tinta vermelha e usar sacos plásticos como roupas, assim nem minha mãe, que me viu pegando uma lata de tinta velha que tínhamos em casa e retirando os sacos de lixo das lixeiras dos vizinhos conseguiria nos reconhecer.

Vestidos com os sacos plásticos e com os rostos devidamente pintados de vermelho, seguimos até o mercado. Durante o trajeto notamos certa agitação nas pessoas que nos avistavam, até hoje não entendi o motivo. O fato é que chegamos ao mercado e demos continuação ao plano, mesmo com as pessoas esmorecendo de rir de algo que até hoje não descobri o que era. Não demorou nem meia hora para que o operador abrisse o caixa, nesse momento pulamos no caixa e pegamos todo o dinheiro que conseguimos, creio que tinha mais de R$ 300,00 em minhas mãos. Saímos correndo, mas os sacos plásticos estavam muito apertados e dificultavam nossa fuga, mesmo assim corríamos ao máximo que podíamos. Foi ai que os sacos começaram a rasgar.


Meu comparsa de crime teve um fim lamentável, ele acabou pisando em num pedaço de seu saco plástico, caiu rolou no asfalto, e não conseguiu se levantar a tempo de sair do caminho de uma carreta carregada com cimento passar por cima de seu corpo (os bombeiros tiveram que retirar seu corpo do asfalto utilizando pás).


Vendo o que aconteceu com meu parceiro, fiquei apavorado, mas como não sou burro arranquei os sacos plásticos de meu corpo e sai correndo completamente nu e com o rosto pintado de vermelho pelas ruas. Corri mais de dez quilômetros nessas condições, até que percebi que a policia estava atrás de mim montada em burricos que são animais mais rápidos que eu. Pensei que fosse meu fim. Então vi minha salvação: um pequeno templo da Igreja do Primeiro Impacto.


Entrei na Igreja e encontrei o pastor Adelino, para o qual pedi ajuda. O pastor me vendo naquela situação demonstrou extrema generosidade, me pediu para que colocasse o dinheiro na cesta de ofertas (para que a polícia não o encontrasse) e falou que tinha tudo resolvido.


A polícia chegou ao local minutos depois e para a surpresa deles não encontraram nenhum homem pelado com o rosto vermelho, isso porque o pastor Adelino me deu uma cortina para usar como túnica e me deu uma sacola de palhas de aço para usar como cabelo e barba falsos. O pastor disse então aos polícias que nós dois estávamos ensaiando um teatro sobre a vida Jesus, e eu era o protagonista, ou seja, Jesus, e estava vestido como ele, o rosto vermelho era para representar sangue escorrendo. Os policias que eram muito inteligentes nem sequer ousaram suspeitar do pastor.


Desde esse dia me tornei obreiro da IPI e minha vida mudou completamente. Espero que esse testemunho tenha arrebanhado mais fieis para a IPI.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse é o melhor blog de sátira religiosa que eu já vi!!!!

Pr. Josimar disse...

Conheço a IPI de Itaperuçu, já andei fazendo um trabalho por lá durante um tempo que estava sendo procurado aqui em Santos por sonegação de impostos, acusação falsa, mas isso não vem ao caso.

Pastor Adelino tem feito um excelente trabalho por lá, como no caso desse irmão convertido, e sua igreja é uma das maiores arrecadadoras de receitas da região.

Aleluias!

A Paz!

Jnporfirio disse...

Amém! mas uma pessoa sendo salva pela igreja de jesus Cristo!

Anônimo disse...

hahah babacas#!!!!

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